Detran Tocantins não adere à placa do Mercosul no prazo e pede mais tempo ao Denatran

Dos 26 estados, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul

Novo modelo de placa.
Descrição: Novo modelo de placa. Crédito: Divulgação

Enquanto os estados brasileiros já trabalham na implantação da placa do Mercosul, no Tocantins o Departamento de Trânsito do Tocantins (Detran-TO) teve que pedir ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a prorrogação do prazo, que venceu nesta sexta-feira, 31, tendo em vista não haver tempo hábil para realizar o credenciamento das empresas estampadoras de placas dentro do prazo estipulado anteriormente.

 

As novas placas já são usadas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Dos 26 estados brasileiros, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.

 

O Detran-TO justifica que em contato (por telefone) com o Denatran foi comunicado que o prazo para a implantação da placa Mercosul será prorrogado para os estados que ainda não conseguiram concluir esta meta. O órgão diz que solicitou no início da semana a prorrogação deste prazo e ressaltou o compromisso de implantar a Placa Mercosul no menor prazo possível.

 

Para isso, já se encontra em andamento o processo para credenciamento das empresas que prestarão este serviço. Nos próximos dias deverá ser publicado o edital, com o processo de credenciamento seguindo todos os trâmites legais e todas as exigências do Denatran.

 

Após sucessivos adiamentos, começou a valer nesta sexta-feira, 31, o prazo para que os Detrans de todos os estados concluam os procedimentos para implantar a nova placa do Mercosul.

 

 

Detran que não aderir, não conseguirá emplacar novos veículos

 

A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Detran que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.

 

A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.

 

Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.

 

O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.

 

Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.

 

Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.

 

"O novo emplacamento seguirá a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais vão credenciar empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderá buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item", informou o ministério.

 

 

Adiada seis vezes

 

Desde que foi decidida a adoção da placa do Mercosul, a implantação no registro foi adiada seis vezes. A decisão foi anunciada em 2014, e a medida deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Disputas judiciais levaram ao adiamento da adoção da placa para 2017. Mais prazo foi dado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.

 

"Atualmente são quase 5 milhões de veículos emplacados com a nova PIV. O governo federal estima que, até o fim de 2023, o Brasil já esteja com quase toda sua frota circulando com a nova placa", informou a assessoria do Ministério da Infraestrutura.

 

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