O Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, realiza o ‘teste da linguinha’ em recém-nascidos. O teste consiste na identificação de problemas que podem resultar em dificuldades na sucção, deglutição, mastigação e fala. Com o exame é possível verificar se há a necessidade de cirurgia para corrigir possíveis irregularidades no frênulo lingual, estrutura que liga a parte inferior da língua à boca.
O procedimento chamado Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês foi sancionado em junho e obriga todos os hospitais do Brasil a fazerem o teste rotineiramente nos recém-nascidos. A coordenadora de Fonoaudiologia do Hospital Dona Regina, Flaviana Fernandes, conta que o ‘teste da linguinha’ já fazia parte da rotina da maternidade. “Dentro do nosso hospital, o Dona Regina, nós já realizávamos o teste há uns sete anos, nós só não tínhamos colocado o nome desse procedimento. Para nós, não houve dificuldades para implantar. Nós só fizemos mudanças de critérios, como anotação no cartão da criança e no prontuário”, explicou. Ainda segundo a coordenadora, todos os recém-nascidos vivos são avaliados pelos fonoaudiólogos do hospital e a principal finalidade é garantir a eficácia do aleitamento materno.
O ‘teste da linguinha’ consiste em examinar a cavidade oral dos recém-nascidos e, com isso, é avaliado se há necessidade ou não da realização do procedimento cirúrgico denominado frenectomia, ou pique de língua, que é executado pelo cirurgião dentista. “O objetivo da avaliação é para verificar o desempenho da mamada, porque se o bebê tiver alguma dificuldade da mamada funcional, nós temos que executar o procedimento para poder melhorar essa condição e garantir que não ocorra o desmame precoce por dificuldade para sugar”, explica a fonoaudióloga Maria Glória de Sousa.
A também fonoaudióloga Paula Pimentel destaca as consequências de não realizar o teste nos recém-nascidos. “Como já foi dito, a importância desse teste é para ver a eficácia da mamada, o bebê que não está mamando vai perder peso, vai se desidratar, pode fissurar a mama da mãe. As consequências futuras são alterações na mastigação e da fala. O quanto mais rápido for diagnosticado e feito o procedimento, melhor para o bebê”, ressalta. O exame é simples, rápido e indolor. Além da verificação de alterações anatômicas na língua, os fonoaudiólogos observam o bebê mamar e se ao mamar ele cansa muito rápido, se faz pausas demoradas, para só assim dar o diagnóstico.
A paciente Mônia de Deus, mãe da recém-nascida Sofia, conta que está muito feliz com a chegada do bebê e com o atendimento do hospital. “Para mim, foi novidade o teste da linguinha. Eu achei muito bacana, pois nos dá uma noção de prever alguma dificuldade de mamar e até de falar. Gostei da iniciativa e está aprovado. Estou muito tranquila, feliz e realizada. Está tudo ótimo, estou feliz”, disse.
Comentários (0)