O profissionais de enfermagem do Tocantins decidiram em assembleia realizada na última sexta-feira, 4, encerrar o movimento grevista que foi iniciado no dia 2 de fevereiro. O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), Claudean Pereira Lima informou por telefone ao Portal T1 Notícias que a categoria “achou interessante suspender o movimento grevista neste momento”.
Segundo o presidente, a categoria continuará negociando com o governo e representantes do sindicato devem ser recebidos na próxima terça-feira, 8, para discutir as pautas de reivindicações. “Na próxima terça-feira já temos uma reunião com o governo e abrir o diálogo com o governo para resolver as demandas com a categoria”, ratificou.
O presidente comentou ainda a situação em que se encontram os hospitais públicos no estado, afirmando que apesar da falta de condições de trabalho, considerou que a greve dos enfermeiros foi feita de forma responsável.
“Durante esse período [de greve] vimos a imprensa divulgar a má qualidade da alimentação, a falta de insumos e no nosso movimento nós preservamos a vida das pessoas. A UTI permaneceu sempre em incorrência. Não tem como não causar transtornos, mas em geral preservamos a vida”, defendeu Claudean.
Motivos da greve
Os profissionais da enfermagem reivindicam o pagamento dos retroativos do adicional noturno e insalubridade, em atraso, o cumprimento dos termos do acordo relacionado aos retroativos das progressões e passivo da data-base, pagamento dos plantões extras, gratificação de urgência e emergência, e adicional noturno, além de melhores condições de trabalho e regulamentação e readequação do repouso da enfermagem.
Falta de materiais básicos
Em reunião com integrantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), no último dia 26, o secretário da Saúde, Marcos Esner Musafir, falou sobre diversos problemas enfrentados na saúde pública do estado, como a falta de insumos e materiais que viabilizam atendimento e procedimentos cirúrgicos, ao qual ele atribuiu a frustração de receita, dívidas de gestões passadas, demandas judiciais e dívidas acumuladas.
Mosafir garantiu que a sesau faria o remanejamento de materiais e insumos do interior para hospitais da capital, a fim de garantir a manutenção de cirurgias e atendimentos. O secretário também fez visitas aos hospitais, onde constatou a situação enfrentada por pacientes e profissionais da saúde.
A assessoria de comunicação da Sesau, enviou uma nota atendendo aos questionamentos do Portal T1 Notícias, informando que apesar de ter feito o remanejamento de insumos de hospitais do interior, "diante da grande demanda de atendimentos parte desses insumos já foi utilizada".
A Sesau disse ainda que a decisão judicial que fez com que ela deixasse de efetuar pagamentos entre os dias 26 e 02 de março, contribuiu para que os materiais não fossem repostos.
Confira nota na íntegra:
Olá pessoal, informo que como parte do esforço do governo para garantir atendimento aos pacientes do maior hospital público do Tocantins, foram remanejados insumos de hospitais do interior para serem utilizados no Hospital Geral de Palmas (HGP), mas diante da grande demanda de atendimentos parte desses insumos já foi utilizada.
Vale lembrar que decisão judicial que fez com que a Secretaria de Estado da Saúde deixasse de efetuar pagamentos a fornecedores entre os dias 26 e 02 de março contribuiu para que entregas de materiais e medicamentos não fossem realizadas
Com a situação normalizada, a Sesau voltou a cobrar que os fornecedores façam as entregas.
(Atualizada às 14:18, do dia 06 de março de 2016)
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