Cerca de 45 estudantes, professores e pais de alunos protestam contra o fechamento da Escola Agrícola Estadual Agrícola David Aires França, Arraias. De acordo com a coordenadora da escola, professora Maria Lúcia Ferreira Barbosa, eles ficaram sabendo do fechamento da escola através de uma equipe da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que foi até o estabelecimento para fazer o levantamento do patrimônio. De acordo com os alunos a estrutura da escola seria transferida para a Universidade Federal do Tocantins.
“O fechamento da escola vai trazer prejuízo para a comunidade e para os estudantes”, afirmou Maria Lúcia, ao Portal T1 Notícias. De acordo com a professora, a escola tem 160 alunos, dos quais 100 são internos.
A professora Janaina Nunes de Oliveira, a Escola Estadual Agrícola é a única na região com estas características. “Fomos informados que, a partir do retorno das aulas os alunos terão de frequentar as escolas do ensino regular, mesmo aqueles que já estão concluindo o ensino médio”, argumentou a professora.
O estudante William Alves Lima mora em Caseara e estuda em Arraias. Ele conta que ficou mais de três anos sem estudar e que optou em fazer de técnico agrícola porque seus pais são pequenos agricultores. “Os próprios técnicos da Ruraltins me incentivaram a fazer o curso. Caso a escola seja fechada eu terei de parar os estudos novamente”, afirmou.
A escola existe há 25 anos e em 2003 foi repassada ao Governo do Estado. A partir de 2007 passou a ofertar curso de técnico agrícola. “Além de ofertar o curso a escola serve como laboratório onde os estudantes fazem aulas práticas e saem de lá capacitados para o trabalho”, argumentou a professora Janaína Nunes.
Reunião com secretário
Na tarde desta segunda-feira, 17, uma comissão formada por pais, estudantes e professores da Escola Agrícola de Arraias está reunida com o secretário da Educação, Danilo de Melo Sousa. Eles vão defender o não fechamento da escola.
Os professores, alunos e moradores da região de Arraias fazem um apelo aos deputados, vereadores e prefeitos do Tocantins e do Norte goiano no sentido de unirem força para que evitem o fechamento da escola, uma vez que o estabelecimento atende estudantes de diversas cidades do Tocantins e também no Norte de Goiás.
Os estudantes estão dispostos a permanecer em frente à Seduc até que a situação seja resolvida.
Novos cursos
De acordo com a Assessoria de Comunicação a Seduc, participam da reunião, além do secretário da Educação, a vice-reitoria da Unniversidade Federal do Tocantins. A proposta de cessão do Colégio Agrícola para a UFT, de acodo com a Seduc, vai permitir a implantação de cinco novos cursos que vão atender a mais de 600 alunos, em Arraias.
A reunião não tem hora para terminar.
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