Gritos de protesto de grevistas da enfermagem obstruem evento na Assembleia

Em protesto, os grevistas da enfermagem lotaram a tribuna da Assembleia Legislativa e atrapalharam a reunião do Parlamento Amazônico, que contou com a palestra da ministra da Agricultura Kátia Abre

Valderez tenta negociar com a categoria
Descrição: Valderez tenta negociar com a categoria Crédito: Foto: T1 Notícias

Servidores da Enfermagem em greve lotaram a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 25, para apresentar as demandas da categoria aos deputados e demais lideranças que participavam da 5ª Reunião do Parlamento Amazônico. O evento contou com a presença da ministra da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu, que apresentou palestra e foi interrompida diversas vezes por apitaços e palavras de ordem dos manifestantes que buscavam a atenção da senadora para as reinvindicações.

 

O presidente do Parlamento Amazônico, deputado Sinésio Campos (PT do Amazonas), que conduziu a reunião, pediu que os manifestantes respeitassem a reunião, organizada para promover debates voltados ao desenvolvimento dos Estados da região Amazônica. “Entendo as reivindicações da categoria, mas a reunião não é para serem discutidos assuntos do Tocantins, esse debate é mais amplo e envolve uma macro região do País”, disse Sinésio Campos.

 

A líder do governo na Casa de Leis, deputada Valderez Castelo Branco (PP) conversou com um grupo de manifestantes e com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Tocantins, Claudean Pereira Lima, com a intenção de conter a manifestação para que as atividades do Parlamento Amazônico permanecessem sem demais interrupções.

 

Em seu gabinete, Valderez apresentou ao grupo as pautas de reuniões com o secretário da Saúde do Estado, Marcos Ernes Musafir e com demais membros da Comissão que discute meios para combater a crise na saúde do Tocantins. Já os manifestantes alegaram que aguardam pela confirmação de uma data para realização da audiência pública da Saúde, proposta pela deputada Luana Ribeiro (PR) e que ainda não foi marcada pela líder do governo, que também é presidente da comissão da Saúde na Assembleia Legislativa.

 

“Não estamos parados, temos reuniões todos os dias no sentido de apontar as melhores medidas para resolver a situação da saúde no Estado. Não se trata apenas da enfermagem, as reivindicações deles são muito válidas e precisamos criar meios para atender, e o Estado está trabalhando nisso”, disse Valderez, que pediu ainda aos manifestantes que criem uma comissão, em parceria com demais categorias de servidores em saúde do Estado, para acompanhar as reuniões e ajudar no apontamento de medidas.

 

Claudean disse ao Portal T1 Notícias que espera mais diálogo tanto com o secretário Musafir, quando com Geferson Barros, da Administração, para que ouçam as demandas da categoria, e esclareçam quais os motivos que estão levando o Estado a deixar de atender as demandas. “Não queremos um governo que nos fecha as portas, queremos dialogar e queremos uma posição concreta de como serão atendidas nossas demandas. Não estamos pedindo aumento de salário, o que queremos é que nossos direitos sejam preservados e ter melhores condições de trabalho nos hospitais”, disse Claudean.

 

Os manifestantes deixaram a tribuna da Assembleia Legislativa enquanto acontecia a reunião do Sindicato com a deputada Valderez e antes do término da reunião do Parlamento Amazônico.

 

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