HGP está sem comida e sem limpeza nesta 6ª; médicos farão paralisação dia 1º

Com a paralisação dos médicos nos hospitais públicos de Palmas serão suspensos os atendimentos em ambulatório e os procedimentos eletivos, mantendo-se apenas os atendimentos em urgência

Funcionários de empresa terceirizada em protesto
Descrição: Funcionários de empresa terceirizada em protesto Crédito: Foto: Divulgação

Os médicos que atuam nos hospitais públicos estaduais de Palmas decidiram realizar uma paralisação nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro em Palmas, para protestar contra as más condições de trabalho e falta de pagamento dos direitos dos servidores, como progressões funcionais, insalubridade, produtividade, adicional noturno, entre outros.

 

Com a paralisação, definida em assembleia no último dia 18, serão suspensos os atendimentos em ambulatório e os procedimentos eletivos, mantendo-se apenas os atendimentos em urgência, emergência e pacientes internados nas unidades hospitalares. Os médicos de Araguaína realizam assembleia geral no próximo dia 28 para definir sobre a paralisação.

 

“O governo estadual precisa repensar esse modelo de gestão, dar as condições de trabalho nos hospitais públicos, fornecer medicamentos e insumos e pagar os direitos dos servidores garantidos em lei”, afirma a presidente do Sindicato dos Médicos, Janice Painkow.

 

HGP sem alimentação e sem limpeza

Na manhã desta sexta-feira, 22, funcionários da empresa terceirizada Litucera, responsável pelos serviços de limpeza, alimentação e lavanderia nas unidades hospitalares estaduais, paralisaram os serviços e cruzaram braços cruzados na frente do Hospital Geral de Palmas, supostamente por falta de pagamentos do Estado à empresa.

 

Segundo informações de servidores do hospital, o refeitório e o centro cirúrgico estariam fechados. Apenas uma sala para cirurgias foi mantida aberta para atender emergências. O centro cirúrgico só pode funcionar se houver funcionários para realizarem a limpeza do local.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a empresa Litucera “alega que tem duas dívidas com o Estado, uma referente aos anos de 2010 a 2014 e outra referente ao final do ano de 2015”. Ainda segundo a Sesau, “a primeira dívida não é reconhecida por esta secretaria uma vez que os processos estão sob análise do Departamento Nacional de Auditoria do SUS  (Denasus) e sob auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE). Os dois órgãos de controle estão realizando auditoria para confirmar a existência da dívida com a empresa. Sobre a dívida referente a dezembro de 2015, a Sesau esclarece que a última nota emitida pela empresa e atestada pela secretaria ocorreu no último mês de dezembro, estando dentro dos prazos legais para quitação. Mesmo assim, ainda na semana passada, foram pagos R$ 2 milhões a empresa”.

 

A Sesau ainda informou que está tomando todas as providências para que um novo pagamento seja realizado já na próxima semana e garantiu que “os pacientes internados nos hospitais não estão sem alimentação e a secretaria está negociando com a empresa para que retorne imediatamente as refeições para acompanhantes e servidores, além do retorno dos serviços completos de limpeza e lavanderia”.

 

(Matéria atualizada às 11h28)

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