Juiz determina que dono do Bar do Parente seja isolado após testar positivo em Aurora

O comerciante amedrontava os moradores da cidade de Aurora, com áudios via whatsapp, declarando não estar se importando com a doença e que se fosse para morrer, levaria muita gente com ele.

Aurora do Tocantins - TO
Descrição: Aurora do Tocantins - TO Crédito: Reprodução/Web

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) requereu e a Justiça determinou, nesta segunda-feira, 11, que um morador da cidade de Aurora do Tocantins, comerciante proprietário do Bar do Parente, após testar positivo para o Covid-19, mantenha-se em isolamento social, conforme recomendado pelas autoridades em saúde. A Ação Civil Pública (ACP) relatou que o comerciante se negava a fazer o isolamento. Em um trecho ao qual o T1 Notícias teve acesso ele afirma que não teme a morte e que levaria muitos com ele. Em outro trecho, afirma que enfrentou todos (polícia e o pessoal da Saúde) e que queria que fossem todos "para a baixa da égua". 


Com base nas explanações do Ministério Público e nas provas acostadas nos autos, o Juiz de Direito Alan Ide Ribeiro da Silva determinou que o comerciante se recolha em sua residência, em caráter de isolamento, de acordo com a prescrição médica, sob pena de responder criminalmente pelos atos.


Para assegurar o cumprimento das determinações judiciais, o magistrado expediu ofícios à Polícia militar, Polícia Civil, Conselho Municipal de Saúde e Vigilância Sanitária Municipal para que fiscalizem e noticiem à Justiça se houver descumprimento e que, caso necessário, seja feito o uso progressivo da força policial. O descumprimento também acarretará em aplicação de multa fixa diária no valor de R$ 10 mil, podendo, ainda, o requerido ser  obrigado a ressarcir os gastos que o poder público realize com o tratamento de saúde do mesmo.


 
Ação Civil Pública


De acordo com a ACP, a prescrição orientava o homem a manter isolamento social, por um período de 21 dias, no entanto, ele descumpria e circulava pela cidade em contato com outras passoas. Além disso, constantemente manda mensagens via whatsapp contendo ameaças de que se fosse para morrer, levaria muita gente com ele e declarando-se determinado a não cumprir as ordens de isolamento.


A promotoria de Justiça também expôs, na inicial, que o Município de Aurora não dispõe de estrutura hospitalar para atender a grande quantidade de pessoas eventualmente infectadas pelo vírus. 

 

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