Justiça rejeita recurso e mantém bloqueio de R$ 122 mi de ex-gestores do Igeprev

A justiça manteve as liminares concedidas a pedido do MPE que determina bloqueio de bens em mais de R$ 122 milhões de ex-gestores do Igreprev, dentre eles Eduardo Siqueira Campos e Gustavo Furtado

Gustavo Furtado, ex-presidente do Igeprev
Descrição: Gustavo Furtado, ex-presidente do Igeprev Crédito: Da Web

Em decisão colegiada, o Tribunal de Justiça (TJ) manteve três liminares concedidas a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) que determinam o bloqueio de mais de R$ 122 milhões em bens de ex-gestores e empresas envolvidas em aplicações irregulares dos recursos do Igeprev. Por votação unânime, os desembargadores da 1ª Câmara Civil do TJ rejeitaram, na última quarta-feira, 14, os recursos apresentados pelo ex-presidente do Igeprev, Gustavo Furtado Silbernagel.

 

As liminares mantidas pelo Colegiado são resultado de ações civis públicas por ato de improbidade administrativa ajuizadas pelas 22ª e 28ª Promotoria de Justiça da Capital, que questionam as aplicações realizadas nos fundos de investimento FI Adinvest, FI Diferencial e Patriarca.

 

As ações civis públicas movidas pelo MPE têm por base os relatórios de auditorias e sindicância realizados pelo Igeprev, pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), pelo Ministério da Previdência Social e pela Receita Federal. Por parte do Igeprev, foi detectada por uma comissão de sindicância a aplicação de R$ 1.176.842.671,64 em fundos sem liquidez. Nestas aplicações, encontra-se consolidada a perda inicial de R$ 263.648.310,47.

 

O MPE justifica que as aplicações foram realizadas em desacordo com as normas regulamentadoras do Banco Central e do Ministério da Previdência, o que resultou em prejuízos irreversíveis ao Igeprev.

 

Somente em 2015 o MPE ingressou na Justiça com 10 ações civis públicas que questionam a legalidade de aplicações do Igeprev e requerem o ressarcimento dos prejuízos causados. Das 10 ações, oito já tiveram os pedidos de liminares apreciados, sendo todos eles atendidos, o que resultou no bloqueio de mais de R$ 250 milhões (R$ 250.847,659) em bens móveis e imóveis dos ex-gestores e empresas envolvidas nas aplicações.

 

Em todos os bloqueios já realizados, repetem-se os nomes de Gustavo Furtado Silbernagel (ex-presidente do Igeprev), Edson Santana Matos (ex-superintendente de Gestão Administrativa) e José Eduardo Siqueira Campos (ex-presidente do Conselho de Administração). Também figuram entre os gestores com bens bloqueados os ex-presidentes do Igeprev Lúcio Mascarenhas Martins e Rogério Villas Boas Teixeira de Carvalho, porém cada um sendo citado somente em uma liminar.

 

Como cada bloqueio refere-se a um fundo de investimento diferente, variam, em cada liminar, os nomes das empresas gestoras e administradoras dos fundos. As oito liminares concedidas ao MPE referem-se a aplicações realizadas nos fundos de investimento Adinvest, Fi Diferencial, FIDC, Ipiranga, Patriarca, Roma, Vitória Régia e Oboé.

 

Com informações Ascom MPE

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