Medicação que previne infecção pelo HIV é oferecida em 18 hospitais do Estado

A medicação é recomendada para vítimas de violência sexual, trabalhadores expostos a material biológico e indivíduos que tenham mantido relação sexual consensual em situações de risco ao HIV

Profilaxia Pós-Exposição Sexual é ofertada no TO
Descrição: Profilaxia Pós-Exposição Sexual é ofertada no TO Crédito: Foto: Ascom/Sesau

Os hospitais públicos do Tocantins já estão disponibilizando aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a Profilaxia Pós-Exposição Sexual (PEP), medicação que previne a infecção pelo vírus HIV. A medicação é recomendada para vítimas de violência sexual, trabalhadores expostos a material biológico e indivíduos que tenham mantido relação sexual consensual em situações de risco ao HIV. A medicação faz parte do coquetel administrado no tratamento contra a Aids.

 

Conforme informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), para ter acesso à PEP, é preciso procurar um serviço de saúde até 72 horas após situações de risco ao HIV ou possível exposição a material biológico contaminado para avaliação médica e multiprofissional, realização de testes rápidos, aconselhamento sigiloso e início imediato da administração da medicação preventiva. 

 

O tratamento preventivo à infecção consiste na administração de quatro medicações contidas em dois comprimidos coformulados por 28 dias seguidos e sem interrupção. “Quanto antes a pessoa começar a tomar a medicação, maiores são as chances de garantir o efeito do medicamento e impedir com mais eficácia a instalação do vírus no organismo. Por isso, o atendimento inicial é feito com classificação de risco vermelha, como atendimento de urgência”, ressalta a assessora da prevenção da Gerência Estadual das DST/HIV/Aids e Hepatites Virais, Valéria Ribeiro. 

 

Ainda segundo a Sesau, procurar ajuda nas primeiras 72 horas é crucial. “O primeiro passo é fazer o teste rápido, iniciar o tratamento com a PEP imediatamente, o que deve ser seguido à risca por 28 dias. Completados 30 dias, outro teste rápido será realizado para checar se houve eficácia na prevenção. O resultado sendo negativo, o paciente recebe alta. Caso contrário, já inicia o tratamento com outra dosagem continuamente”, completa. Caso a profilaxia seja interrompida, será recomendado o início do tratamento com o coquetel para tratamento contra o HIV. 

 

Onde encontrar a medicação

A oferta da medicação garantida em todos os 18 hospitais da rede pública de saúde no Tocantins é estratégica, diz a gerente estadual das Dst/Hiv/Aids e Hepatites Virais, Caroline Biserra. “No caso dos hospitais foi oportuno iniciar por eles porque funcionam 24 horas. Como é um medicamento de emergência, é preciso que esteja disponível em serviços que funcionem em regime 24 horas”, completa.

 

No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde já está avaliando a ampliação da oferta. “A ideia é descentralizar e oferecer a todo o Estado, inclusive, dentro das unidades básicas de saúde”, acrescenta a gerente. Em Palmas, além dos hospitais estaduais, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, na Quadra 103 Norte, já oferece a PEP na sua rotina de acolhimento.

 

(Com informações da Ascom/Sesau)

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