Equipamentos sucateados, descrença dos produtores culturais e artistas, editais com pagamentos atrasados e poucos recursos para investimentos. Esses são alguns desafios que o jornalista Melck Aquino aceitou enfrentar desde que assumiu a Secretaria de Cultura do Estado, no dia 04 de maio. Em entrevista ao T1 Notícias o gestor apresentou as principais dificuldades à frente da pasta e destacou estratégias, que busca desenvolver com uma equipe formada em sua maioria por produtores, parte das ações serão detalhadas em audiência pública, prevista para as 14 horas da próxima quinta-feira, 6, na Assembleia Legislativa.
Para Melck o principal desafio é recuperar a autoestima dos fazedores de cultura do Estado, após terem convivido com o fechamento de equipamentos culturais como a galeria Mauro Cunha e a Lojinha de Artesanato, além do sucateamento do Caminhão BR Arte e Cultura, que por anos se tornou apenas palco de shows de prefeituras, e ainda a extinção da Secretaria de Cultura e anexação da Fundação Cultural à Secretaria Estadual de Educação, na gestão anterior.
Devido a tramites burocráticos e a falta de estrutura física, obras de arte como os quadros de Tarsila do Amaral e de Francisco Cuoco, ainda vão continuar por tempo indeterminado nos corredores da Seduc e o Caminhão BR espera liberação de recursos para reforma do equipamento. Espaços como o Museu do Palacinho e o Teatro de Bolso do Memorial Coluna Prestes passam atualmente por modesta reforma estrutural, porém a Galeria Mauro Cunha e a Lojinha de Artesanato, não tem previsão para voltar a ter estrutura física.
Uma das grandes apostas de Melck é a parceria com o secretário Adão Francisco, na realização do Salão do Livro 2015, com investimento estimado em R$ 4,7 milhões e a possível contratação de 70 artistas regionais, de forma simplificada, para apresentação de seus produtos artísticos. Foram mais de 260 inscritos, que esperam até a próxima segunda-feira, 3, pelo resultado dos selecionados.
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