MPE obtém condenação de acusado de homicídio em Arraias a 38 anos de prisão

A vítima era usuária de entorpecentes e, de acordo com as investigações, possuía dívidas contraídas com aquisição de produtos ilícitos

Crédito: Ronaldo Mitt - MPE

O Ministério Público do Tocantins (MPE-TO) obteve êxito em suas acusações em Tribunal do Júri realizado nesta sexta-feira, 22, o que resultou na condenação de Bruno da Silva Oliveira a 38 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado como mandante do assassinato de José Luiz Bispo Ferreira, ocorrido no município de Arraias. Todas as teses apresentadas pelo MPE-TO foram acolhidas pelos jurados.

 

O promotor de Justiça João Neumann Marinho da Nóbrega, responsável pela acusação, conta que Bruno fazia parte de um grupo criminoso que comercializava drogas na região. A vítima era usuária de entorpecentes e, de acordo com as investigações, possuía dívidas contraídas com aquisição de produtos ilícitos.

 

Na madrugada de 18 de novembro de 2018, após reiteradas cobranças e ameaças sem sucesso visando o recebimento da dívida, o acusado, com o auxílio de outros adolescentes que integravam o grupo criminoso, atraiu José Luiz para uma residência localizada no setor Buritizinho, onde foi executado com tiros de espingarda e golpes de faca e facão.

 

Na sequência dos fatos, os envolvidos no crime ocultaram as armas utilizadas, enrolaram o cadáver em um lençol e o esconderam em um matagal próximo ao loteamento Flamboyat. O corpo foi encontrado quatro dias depois, em estado avançado de decomposição.

 

“Restou apurado também que o denunciado foi coautor intelectual e executor dos delitos e corrompeu e facilitou corrupção dos adolescentes participantes, com eles praticando crimes e induzindo a praticá-los”, comentou o promotor de Justiça.

 

O Conselho de Sentença atendeu às quatro qualificadoras apresentadas pelo MPE-TO e condenou Bruno como mandante do crime de homicídio, bem como pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menor, aplicando o magistrado penas máximas: homicídio (30 anos), ocultação de cadáver (3 anos) e corrupção de menor (5 anos e 4 meses), somando 38 anos e 4 meses de reclusão no regime fechado.

 

O condenado já se encontrava preso na cadeia pública de Arraias e cumprirá a pena em regime fechado, inicialmente.

 

 

 

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