MPE pede bloqueio de R$ 13 milhões de imobiliárias de Palmas por propaganda enganosa

Contrato previa instalação de rede subterrânea interna de distribuição de energia elétrica e iluminação pública com postes ornamentais, porém o projeto apresentado à Energisa foi alterado

Promotoria afirma que houve violação dos direitos do consumidor
Descrição: Promotoria afirma que houve violação dos direitos do consumidor Crédito: Da Web

O Ministério Público Estadual (MPE) do Tocantins pediu nesta quarta-feira, 13, o bloqueio de mais de R$ 13 milhões das contas dos empresários da Alphaville SPE Palmas Empreendimentos Imobiliários LTDA e Uberplan Arso 24 / Arso 14 Empreendimentos Imobiliários LTDA por propaganda enganosa e descumprimento de obrigação contratual na venda de terrenos urbanos em Palmas. A Ação Civil Pública (ACP) de Obrigação de Fazer foi ajuizada por meio da 23ª Promotoria de Justiça da Capital.

 

De acordo com a apuração, nos contratos de adesão firmados pelos compradores, os empreendedores se comprometiam a instalar rede subterrânea interna de distribuição de energia elétrica e iluminação pública com postes ornamentais. Porém o projeto apresentado à Energisa foi alterado para instalação aérea. A comercialização dos lotes dos empreendimentos “Aphaville Palmas 1” e “Alphaville Palmas 2” iniciou-se em junho de 2015, com previsão de conclusão das obras de infraestrutura para junho de 2018.

 

Conforme a Promotora de Justiça Kátia Chaves Gallieta, houve violação dos direitos do consumidor, pois o Código do Direito do Consumidor estabelece no art 6º que são direitos básicos do consumidor a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, e efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. “A propaganda enganosa e o descumprimento contratual que foram praticados pelas requeridas causaram prejuízo aos consumidores, tendo em vista que estes foram enganados e pagaram preços mais elevados do que deveriam pelos lotes”, declarou.

 

Pedido de Liminar

 

Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Atenção às Cidades, a implantação das redes demandaria R$ 13.740.796,87, valor que, segundo a Ação, deverá ser bloqueado para garantir a implantação das redes subterrâneas e a iluminação pública com postes ornamentais.

 

Caso não haja recurso suficiente nas contas das empresas, a ação, com pedido de liminar, requer ainda que seja determinado que os consumidores façam os próximos pagamentos das prestações dos lotes, por meio de depósito identificado em conta judicial, para que esses valores possam ser usados posteriormente para custear as despesas da execução da obra.

 

Mérito da Ação

 

A ação requer ainda que a empresa seja condenada a implantar, no prazo de 12 meses, toda a infraestrutura dos loteamentos conforme apresentado nos memoriais descritivos e contrato, especialmente as redes de distribuição de eletricidade subterrâneas e a iluminação pública com postes ornamentais.

 

 

(Com informações da Assessoria)

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