Mulheres ocupam as ruas de Palmas na próxima sexta pelo fim da violência

As mulheres reivindicam estrutura de atendimento e apontam a impunidade dos agressores...

No dia 22 deste mês cerca de 200 mulheres ocuparão as ruas da capital para cobrar maior atuação do poder público no combate à violência contra a mulher. Dados do relatório da Comissão Mista Parlamentar (CPMI) apontam ineficiência do estado frente ao índice de mortes de mulheres. “A proposta é colocar a mulher no espaço público, e dar visibilidade ao problema, porque a rua também é negada as mulheres”, disse uma das organizadoras do movimento.

Ao fim da ação que ocorrerá em frente à Secretaria de Segurança Pública, uma comissão entregará os dados da violência contra a mulher no Tocantins ao secretário, cobrando ações mais efetivas.

De acordo com o relatório da CPMI da violência contra a mulher, o Estado do Tocantins aparece de forma preocupante com escassez de dados e impunidade dos agressores.

“Ano passado fizemos um encontro com mulheres de todo o estado que gerou um documento com várias reivindicações. Apresentamos dados alarmantes e até agora nada foi feito. Chegou a hora de ir para as ruas, até quando vamos deixar que as mulheres morram? O Estado é cumplice” aponta Socorro Santos, do Grupo Feminista Dina Guerrilheira.

Segundo os inquéritos encaminhados para os órgãos públicos no Tocantins com relação ao número de denúncias acatadas, observa-se que significativa parte da quantidade de boletins não são convertidas em inquéritos.

Patrícia Barba Malves,  do Centro de Direitos Humanos de Palmas, afirma que “a atuação do Tocantins é cada vez mais preocupante, porque a gente não tem delegacia 24 horas de atendimento a mulher e nos fins de semanas que são os horários que as mulheres mais sofrem violência. A rede de atendimento as mulheres não funcionam nos momentos em que elas mais precisam ser atendidas. Não temos Centro de referência e casa Abrigo suficiente para atendes estas mulheres no estado, e está muito diferente dos ouros estados segundo o relatório da CPMI”.

Participarão da ação mulheres de movimentos sociais de diversas regiões do estado, na abertura de um encontro que se estenderá no sábado e domingo. 

 

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