Notificado, Sinpol continuará com greve e manterá apenas serviços essenciais

Moisemar Marinho disse que sua entrevista a veículo de imprensa foi distorcida. Em resposta às supostas declarações, Estado diz serem inadmissíveis as alegações do presidente do Sinpol

Mesmo após notificação de liminar, PC mantém greve
Descrição: Mesmo após notificação de liminar, PC mantém greve Crédito: Divulgação

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Moseimar Marinho, foi notificado nesta segunda-feira, 09, por telefone através de um oficial de Justiça sobre liminar que considera a greve dos policiais civis ilegal e abusiva. O Sinpol reafirmou ao T1 Notícias que irá recorrer da decisão e que a greve continua.

 

O Sinpol foi notificado na semana passada por meio de hora certa, que é quando o oficial de justiça tenta entregar a notificação por três vezes sem sucesso e marca dia e hora para entregar a qualquer pessoa que estiver presente, dando por ciente da decisão judicial, e o presidente foi notificado por telefone por volta das 14h desta segunda.

 

Segundo o Sinpol, a greve continuará e a polícia civil vai manter apenas os serviços essenciais, realizados pelos 30% do efetivo que estão operando desde o início da paralisação. Também foi informado ao T1 que eles farão uma mobilização na próxima quarta-feira, 11, em Miranorte, na BR-153.

 

Sobre supostas declarações dadas a um veículo de imprensa, Moseimar disse que sua fala foi distorcida e, em nota, afirmou que “repudia a tentativa de detupar suas declarações”. Um site de notícias atribuiu à Moseimar Marinho expressões como “ou o governo senta com a gente ou vai virar uma tragédia em grande nível nacional”, o que segundo o presidente do Sinpol “são inverdades”. “Utilizaram uma expressão onde eu analisava a possibilidade de confronto entre policiais militares e presos e tentaram transformar minha declaração em ameaça”, rebateu Moseimar. Ele também acusou o governo de estar tentando jogar a população contra os policiais civis.

 

Governo diz que alegações de Moisemar são “inadmissíveis”

O Governo do Estado, em resposta às supostas declarações veiculadas, disse que as alegações do presidente do Sinpol são “inadmissíveis”. A nota encaminhada à imprensa é assinada pela secretária da Defesa Social, Gleidy Braga.

 

A nota diz ainda que serão adotadas as medidas necessárias para que a decisão judicial seja cumprida e que a “irresponsabilidade do comando de greve” não será permitida. O Governo também diz que é inaceitável que um presidente de entidade tente instaurar o caos no Tocantins.

 

Leia abaixo a íntegra da nota do Governo do Estado.

 

Nota de esclarecimento

O Governo do Estado do Tocantins, através da Secretaria de Defesa e Proteção Social (SEDPS), repudia as afirmações do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol), Moisemar Marinho, a respeito da greve da categoria, que já foi declarada ilegal pelo Poder Judiciário.

 

A secretaria ressalta que são inadmissíveis as alegações de Marinho, de que serão fechadas delegacias e presídios, proibindo a entrada e a saída, causando uma tragédia nacional.

 

Este tipo de atitude fere o Estado Democrático de Direito. A greve já foi declarada ilegal e o Governo vai adotar as medidas que forem necessárias para fazer cumprir a medida judicial. O Estado não vai permitir que a irresponsabilidade do comando de greve impeça que as famílias dos reeducandos tenham acesso a seus direitos.

 

É inaceitável que o presidente de uma entidade que existe para proteger a população tente instaurar o caos no nosso Estado. Não será permitido que isto aconteça.

Gleidy Braga - Secretária de Defesa e Proteção Social

 

 

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