Uma denúncia criminal foi apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta quinta-feira, 2, proposta pelo promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, contra o policial que teria ocasionado o acidente que resultou nas mortes de Lucas Alberto Rocha e Brenda Lima Ferreira, em 1º de janeiro deste ano em Araguaína. Conforme as informações, o policial militar estava de folga no dia do acidente e estaria supostamente embriagado, dirigindo em alta velocidade em um trecho urbano da BR-153, quando colidiu com a motocicleta em que estavam as duas vítimas, arremessando-as contra o solo e causando as lesões que levou o casal à morte. Lucas e Brenda sofreram múltiplas fraturas e foram levados para atendimento no Hospital Regional de Araguaína, mas não resistiram.
A Promotoria de Justiça pede que seja determinada, liminarmente, a suspensão do direito de dirigir do acusado durante o decorrer do processo, bem como que o mesmo seja proibido de frequentar bares e outros estabelecimentos similares e impedido de se ausentar da comarca em que reside sem prévia autorização judicial.
O MPE denunciou o policia pelos crimes de homicídio doloso, embriaguez ao volante e disparo de arma de fogo. O suspeito também foi denunciado por lesão corporal grave, pelas fraturas sofridas por um amigo que estava em seu automóvel no momento da colisão com a motocicleta. E o policia foi denunciado, ainda, pelo crime de ameaça, em razão de intimidações a um dos frequentadores do bar onde ele começou a beber no início daquela noite.
Entenda
Segundo a denúncia, o policial militar conduzia seu automóvel, um Toyota modelo Corolla, a 111,76 km/h, em um trecho de acesso ao Setor Nova Araguaína onde a velocidade máxima permitida é de apenas 30 km/h. O fato ocorreu por volta das 20h. Após colidir na traseira da motocicleta, antes de prestar socorro às vítimas, o policial teria supostamente efetuado disparos de revólver na via pública, a fim de evitar a aproximação de testemunhas.
Baseada em inquérito da Polícia Civil, a denúncia criminal relata que o policial militar teria começado a ingerir bebida alcoólica por volta das 18 horas, em um bar situado no Bairro de Fátima, estando na companhia de um amigo. No local, ele teria se exaltado e supostamente apontado um revólver calibre 38 para o pescoço de um dos frequentadores.
(Com informações da Ascom/MPE)
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