Praxedes defende qualidade da JAM e diz que tem aberto TCE a outras empresas

Presidente do TCE nega que investimentos em 9 treinamentos da JAM Jurídica tenha ultrapassado R$ 1 milhão de reais em um ano: "a qualidade dos palestrantes que eles trazem é superior", disse ao T1

Praxedes: defendendo lisura e transparência do TCE
Descrição: Praxedes: defendendo lisura e transparência do TCE Crédito: Divulgação

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Conselheiro Wagner Praxedes disse ao Portal T1 Notícias na manhã desta quarta-feira, 27, que não foi de R$ 1,2 mi os investimentos em inscrições para cursos da JAM Jurídica feitos pelo tribunal, mas algo na faixa de R$ 300 mil reais.

 

O conselheiro reconheceu que enviou ofício encaminhando material de divulgação de cursos da empresa, mas por entender que o curso oferecido era de qualidade e importante para prefeitos. “Entendo que não dá para agradar todo mundo, mas esta empresa nunca fechou um curso para o tribunal, o que fazemos é adquirir inscrições para os cursos deles, pela qualidade dos palestrantes, de nível nacional e internacional”, sustenta o conselheiro.

 

Praxedes afirma que todo material de divugação que ele encaminhou foi produzido pela própria empresa. “Até já pedi os comprovantes deles par me precaver, de forma que as pessoas não entendam isso mal”, disse ele a respeito da denúncia da GR Cursos, publicada nesta quarta-feira pelo T1 Notícias, com nota explicativa do TCE.

 

Incentivando outras empresas

 

O presidente afirmou que desconhece que existam conselheiros telefonando para prefeituras para recomendar cursos da JAM Jurídica, conforme chegou a ser denunciado por um empresário ao T1 Notícias.

 

“Outro dia a NTC promoveu aqui um curso com o professor Jacoby, que é uma referencia no direito administrativo. Nós cedemos o espaço do tribunal, fizemos uma permuta com inscrições e também recomendei aos prefeitos que pudessem vir, que viesse, por que isso evita da pessoa ira à São Paulo ouvir um palestrante deste nível”, sustenta.

 

Praxedes afirma que o TCE tem sido criticado muitas vezes por pessoas que entendem que o tribunal deveria agir mais contra o mau uso dos recursos públicos. “Mas nós agimos, e determinamos a exposição de tudo que nós fazemos aqui de forma que a instituição saia fortalecida. Já passamos por tantos problemas, e sofremos tanta pancada, o que eu quero é manter o nível da instituição”, afirma.

 

Segundo o presidente a luta para que os gestores se qualifiquem é grande, por isso o investimento em cursos e treinamentos não só para servidores do tribunal, mas também a recomendação que prefeitos e secretários façam.

 

“Essa crítica sobre o Coninter, por exemplo: é um evento que a JAM faz a 15, 20 anos. É uma empresa reconhecida nacionalmente, não há porque não trabalhar com ela”, justificou.

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