Professores denunciam falta de repasse e Sintet anuncia paralisação no Estado

Os professores contratados aceitaram a proposta da Seduc e vão retomar as atividades com a promessa de que o pagamento será realizado dia 1º de abril. Sintet anunciou paralisação em três dias de março

Sintet diz que educação está em estado de greve
Descrição: Sintet diz que educação está em estado de greve Crédito: T1 Notícias

Após protesto dos alunos do Colégio Militar de Palmas, que na manhã desta sexta-feira, 7, fecharam a LO 04, os professores contratados da unidade se reuniram com o coordenador Regional de Ensino, Adolfo Bezerra, representando a Secretaria de Educação (Seduc). 

Durante a reuniao o coordenador se comprometeu a efetuar o pagamento dos professores na próxima folha, até dia 1º de abril. Segundo o coordenador os professores irão retornar as aulas. “Irão receber as pendências de 2013 e os salários de fevereiro e março já no pagamento de abri”, disse o coordenador.

Sobre o fim da situação de atrasar os salários sempre que se renova o contrato, que conforme apurado pelo T1 Notícias acontece quase todos os anos, Adolfo afirmou que é a questão contratual não é uma responsabilidade só da Secretaria de Educação, que também envolve a pasta da Administração e que esse trâmite leva tempo. “Tem todo esse trâmite legal, mas nós vamos pensar uma maneira de agilizar”, disse.

 


Falta de verba

A equipe do T1 Notícias conversou com alguns professores que afirmaram que o Colégio Militar de Palmas não recebeu todos os repasses. “De 12 repasses de verba que deveriam ser feitos, o Colégio recebeu dois e meio. Quer dizer, cadê esse dinheiro?”, denunciaram os professores.

A professora efetiva Lorena Coelho, que se solidarizou com os contratados, afirmou que o Colégio está sem estrutura, que as quadras, piscina e o campo de futebol não são mais utilizados. Disse que trabalha como professora desde o ano 2000 “e desde aquele ano que professor contratado sofre essa humilhação todo o ano”. Segundo Lorena Coelho afirmou que os professores contratados paralisaram na quarta-feira, mas que todos os dias estão comparecendo ao Colégio.

 

Estado de greve

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) esteve no Colégio Militar e anunciou que os professores do Estado estão em estado de greve.

O presidente do Sintec, Joelson Pereira, afirmou que a falta de repasses para a Educação vem acontecendo desde o último ano e que a situação não é exclusiva do Colégio Militar. “Esse é uma caso na rede estadual de ensino como um todo. A falta de repasses para as escolas é desde o início do ano passado. Estamos sabendo e procurando entender porque as escolas não estão recebendo o devido repasse”, disse.

De acordo com o presidente, a questão do pagamento dos professores contratados foi discutida com o Governo, desde que a situação foi levada ao sindicato, no ano passado e ficou acertado com o secretário da Administração, Lucio Mascarenhas, que até dia 31 de dezembro tudo estaria pago. “Eles são contratados sem nenhuma garantia de quando vão receber, demonstrando uma falta de planejamento do Governo para com a educação”, declarou.

Joelson Pereira afirmou que devido a situação de calamidade que os professores estão passando e também em reivindicação ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCR), entre outros, a educação no Tocantins está em estado de greve e nos 17, 18 e 19 de março, eles vão paralisar suas atividades.

 

Seduc

Sobre os contratos temporários em todo o Estado, a Seduc informou em nota ao T1 Notícias, que os pagamentos já estão sendo regularizados, que a Secad está tomando as providências para inclusão desses contratos na folha de pagamento. Confira nota na íntegra. 

Sobre a solicitação deste veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) informa que servidores temporários que trabalharam em escolas estaduais tiveram os contratos finalizados em dezembro devido ao fim do ano letivo. Alguns casos já foram regularizados. Nos demais, a Seduc e Secretaria de Estado da Administração (Secad) estão tomando as providências necessárias para inclusão desses contratos em folha de pagamento. Para o ano letivo de 2014, os contratos foram renovados a partir de fevereiro.

 A Seduc esclarece que de 15 de dezembro de 2013 a 2 de fevereiro de 2014 os servidores temporários ora questionados não prestaram serviços, tendo em vista que no período não houve atividade escolar na rede estadual de ensino.  
 

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