Representantes da cultura ocupam sede do Iphan em protesto contra governo Temer

Classe cultural se mobilizou em todo Brasil para pressionar presidente em exercício, Michel Temer, a recriar o MinC. Artistas estão acampados no Iphan, em Palmas e protestam contra o governo interino

Movimentos culturais ocupam Iphan em Palmas
Descrição: Movimentos culturais ocupam Iphan em Palmas Crédito: Foto: Divulgação

A jornalista e produtora cultural, Andrea Lopes, disse nesta sexta-feira, 27, em entrevista ao Portal T1 Notícias, que os manifestantes do Movimento Cultural do Tocantins estão acampados na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Palmas, até o presidente interino Michael Temer definir como vai funcionar o Ministério da Cultura (Minc).

 

O local está ocupado desde o dia 24 de maio por artistas, professores, produtores, estudantes,  gestores culturais, conselheiros de cultura, pontos de cultura, professores, militantes da política cultural, instituições de classe, movimentos sociais e de cultura, universitários, servidores dentre outros. “Nós aderimos ao momento nacional porque não reconhecemos esse governo como legítimo e precisamos de uma definição concreta de como o Ministério da Cultura vai ficar, em função das indefinições que permanecem mesmo com retorno do Minc, por isso não temos data para sair do Iphan”, afirmou a produtora.  

 

A produtora assegurou que a categoria aderiu ao movimento, ainda que no decorrer do dia o número de participantes seja menor, em função do trabalho de muitos. Segundo Andrea, a concentração maior ocorre à noite. “Até porque é nesse horário que acontecem as discussões em torno da pauta do momento”, informou. Nesta sexta-feira, às 20h haverá uma rodada de conversa sobre “Análise da conjuntura política atual – um olhar sob uma perspectiva histórica”, com a participação do professor Paulo Fernando da Universidade Federal do Tocantins (UFT).   

 

Extinção do Minc

As manifestações de representantes da cultura nacional iniciaram em todo o país, após o presidente interino extinguir o Ministério da Cultura. Em protestos artistas ocuparam prédios e espaços de cultura. Os protestos fizeram Temer recuar e recriar o Minc.   

 

Pauta

O movimento cultural do Tocantins lançou um manifesto pontuando as razões pelas quais a sede do Iphan foi ocupada em Palmas. No documento do Tocantins, os manifestantes dizem que a principal pauta de reivindicação é o combate ao retrocesso nas políticas culturais e democráticas, anunciado primeiramente com a extinção do Minc, o desmonte da Empresa Brasileira de Comunicação, entre outros, repudiando a decisão, segundo o documento “autoritária do presidente em exercício, sem qualquer diálogo com a sociedade civil”.

 

A categoria ainda reitera a ocupação do prédio do Iphan dizendo que estão abertos ao diálogo com a sociedade e as instituições para divulgar o movimento em prol das autonomias das políticas culturais e, que também está acompanhando o movimento nacional de ocupação afirmando que apoiam a pauta de reivindicação do Movimento Ocupa MINC em âmbito nacional; Eles cobram a autonomia da Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Tocantins, considerada pelo grupo como “inoperante na atual gestão do Governador Marcelo Miranda” e por fim destacam que a cultura deve ser tratada dentro de um contexto político cultural, em âmbito local, municipal, estadual e federal. 

 

Confira abaixo a Carta Manifesto do Tocantins, elaborada por representantes da classe cultural do Estado: 

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