O secretário estadual da Segurança Pública (SSP), Cristiano Sampaio, representará o Governo do Tocantins na Audiência Pública que será realizada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quarta-feira, dia 4. Ele falará em nome do governador Mauro Carlesse (DEM), que foi convidado, mas não poderá comparecer, tendo que responder sobre a extinção da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma).
A Audiência será realizada às 16h30, no Plenário 6 do Anexo II, e poderá ser acompanhada em tempo real pela internet e será gravada para consultas posteriores. O secretário estará acompanhado do secretário executivo da SSP, Servilho de Paiva, do diretor da Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Evaldo de Oliveira Gomes, e do delegado chefe da Divisão de Repressão à Corrupção (Decor), Guilherme Rocha Martins.
Para o secretário, a audiência é uma oportunidade de apresentar o trabalho que vem sendo realizado na Segurança Pública do Tocantins. “Atendendo a uma determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, elevamos o que antes era uma Delegacia de Combate à Corrupção, ao status de Divisão Especializada de Combate à Corrupção. O que antes era criado por Portaria e poderia ser desfeito por outro ato de Portaria do secretário, agora é criado por decreto e somente por decreto pode ser alterado, trazemos mais estabilidade e mais segurança para o combate a corrupção do Estado”, justificou, antecipando o argumento que será dado aos deputados.
Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol/TO), a Audiência Pública deverá esclarecer “as perseguições do Governo Carlesse à Polícia Civil”. Além dos representantes do Governo, participarão ainda a deputada federal Dulce Miranda (DEM), seu colega parlamentar Vicentinho Júnior (PR), o presidente do Sindepol, Mozart Felix e mais sete delegados.
Ela acontece mediante pedido feito por Dulce Miranda e Vicentinho Júnior, mas o requerimento para sua realização partiu do deputado Capitão Augusto (PL/SP). Segundo o presidente do Sindicato, embora a sessão tenha como foco a extinção da Dracma, tratará também sobre “um histórico de perseguições por parte do Governo do Estado contra a Polícia Civil, em decorrência de investigações e combate à corrupção e ilegalidades estaduais”.
Entre os delegados, deverão participar da Audiência, como convidados, Bruno Boaventura, responsável pelas primeiras investigações, com repercussão midiática, envolvendo diretamente o Governo; Wanderson Chaves e Gregory Almeida, que participaram da Operação Catarse de funcionários fantasma na Secretaria-Geral e na Assembleia; Guilherme Rocha, responsável pela Dracma, juntamente com Gregory Almeida; Cassiano Oyama; Rodolfo Laterza, e Patrícia Domingos, responsável pela Decasp, extinta em Pernambuco por meio de decreto, cujas funções correspondiam às da Dracma.
De acordo com Mozart Felix, desde as investigações envolvendo o deputado e, então líder do Governo na Assembleia, Olyntho Neto, as perseguições iniciaram. “Direitos Constitucionais dos delegados violados, fim da liberdade de expressão, exonerações e tentativas de exonerações, tudo aconteceu num período de menos de um ano, então não vejo como coincidência, vejo como tentativa de desmotivação e ataque direto à luta contra a corrupção”, relata o presidente, que sustenta o discurso.
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