Seis meses após prometer edital, Governo não tem previsão para concurso da PM

O anúncio de que haveria o concurso com 1.000 vagas foi feito em abril, com promessa de edital para agosto. Mas o certame até agora não saiu do planejamento...

Governador e comandante anunciaram concurso
Descrição: Governador e comandante anunciaram concurso Crédito: T1 Notícias/Arquivo

Seis meses depois de prometer um novo concurso da Polícia Militar, com previsão de mil vagas para soldados, o Governo do Estado informou que não tem mais uma previsão para a realização do certame. Questionada pelo Portal T1 Notícias, a Polícia Militar repassou a demanda para a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), que por sua vez informou, por telefone, que não há data prevista para que o concurso aconteça e nem outras informações a prestarem.

 

O anúncio inicial foi feito pelo governador Marcelo Miranda e pelo Comandante Geral da PM, Coronel Glauber de Oliveira, em abril deste ano, quando a publicação do edital foi prometida para 25 de agosto, Dia do Soldado. Na data marcada, durante solenidade em que mais de 1.300 militares foram promovidos, o governador e o comandante foram questionados pela imprensa e disseram que o concurso passava por "ajustes finais".

 

No mesmo período, a Assembleia Legislativa (AL) aprovou a lei que mudava o limite máximo da idade para ingresso na carreira militar, tanto na Polícia quanto no Corpo de Bombeiros, passando de 30 para 35 anos. O governador Marcelo Miranda vetou a mudança e a matéria voltou para apreciação dos deputados estaduais, que mantiveram o veto.

 

A idade máxima para entrar nas corporações Militares do Estado continua sendo 30 anos, conforme prevê o Estatuto da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins.

 

A discussão era considerada um entrave para a abertura do concurso, por gerar insegurança quanto às regras. Mas, mesmo depois de finalizado o processo, o certame segue sem previsão para acontecer.

 

Saúde na Corporação

Depois do suicídio do Tenente Feijão, ocorrido no último sábado, dia 5, o T1 Notícias também demandou a Polícia Militar sobre quais os programas da corporação voltados para apoiar os militares em situação de estresse ou depressão. Conforme a nota enviada ao Portal, aquele foi o primeiro suicídio de policial militar dentro de um ano e há dois programas direcionados ao amparo psicológico do militar.

 

Confira a nota:

 

Conforme solicitado, nos últimos doze meses ocorreu um suicídio de policial militar, registrado no dia 05/11/2016.

A Polícia Militar desenvolve através do Centro de Atenção Integral à Saúde do Policial Militar - CAISPM, os seguintes programas de apoio psicológico, para prevenção e promoção da saúde mental do militar :

Programa de Prevenção e Gerenciamento do Transtorno do Estresse Pós-Traumático, onde o militar envolvido em ocorrências com incidentes críticos (situações de alto estresse) são encaminhados pelos comandantes para o atendimento psicológico, com vistas a orientações e monitoramento da saúde psíquica. Funciona desde 2012.

Programa de Prevenção e Tratamento ao Uso abusivo de Álcool e outras drogas, onde o militar pode participar voluntariamente ou via encaminhamento de sua unidade de origem. São disponibilizados acompanhamentos psicossociais individuais ou em grupos. Funciona desde 1996.

Diversos Projetos de Qualidade de Vida são implementados nas unidades operacionais, refletindo a preocupação do Comando da PMTO com o sofrimento psíquico, que tem dedicado esforços para o oferecimento de suporte psicológico para seus integrantes de forma ampliada, descentralizada e voluntária. Atualmente esse serviço são desenvolvidos nas cidades de Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, e desde 2011 atendem policiais das diversas unidades do estado.

No ano de 2016, está sendo desenvolvido no 1º BPM, Palmas, o Projeto Sensibilização Vivencial: Promovendo uma Cultura de Autocuidado, com ciclos de oficinas vivenciais abordando temas como: Gerenciamento do Estresse, Uso e abuso de Álcool, Nutrição e Hábitos Saudáveis e Saúde Financeira. A participação é voluntária e os militares desde março tem a disposição um cronograma de oficinas e podem agendar-se para participar, contando com uma grande frequência de participantes. O mesmo projeto já foi desenvolvido no SIOP em 2014, e pretende ser estendido a outras unidades da polícia militar nos próximos anos, como programa permanente de prevenção em saúde.

 

 

 

 

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