Está ocorrendo desde a manhã desta terça-feira, 22, as eleições para definir a nova reitoria da Universidade Federal do Tocantins (UFT), para o quadriênio 2016/2020. A eleição é realizada por meio de votação com urnas eletrônicas e com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Sem incidentes registrados até o momento, a apuração acontecerá após as 22 horas e o resultado deve ser conhecido ainda nesta terça-feira.
Após surgirem questionamentos sobre nomes de alunos que já faleceram, e outros que abandonaram a universidade há muito tempo constando na lista de aptos a votar para definir a reitoria da UFT, a Comissão da Pesquisa Eleitoral garantiu a lisura do processo e justificou, alegando que os alunos ainda possuem vínculo com a universidade porque a lista não foi atualizada.
Questionado pela reportagem do Portal T1 Notícias sobre nomes de alunos que não estão mais frequentando a universidade constarem na listagem, o presidente da Comissão de Pesquisa Eleitoral, o professor Élvio Quirino, afirmou que “no caso dos alunos, independente da situação deles de matricula trancada votam, porque esse aluno que está com a matricula trancada pode voltar a qualquer hora”. Quirino disse que a comissão entendeu que “a gente não pode tirar o direito dele de escolher o futuro reitor para os próximos quatro anos”.
Conforme o Regimento da Pesquisa Eleitoral, os discentes votantes devem estar devidamente matriculados, e deverão apresentar-se à seção de votação portando documento oficial com foto, e o nome deve constar na listagem de aptos à votação.
Foi apurado pelo blog do jornalista Eduardo Azevedo, que na lista dos aptos a participar da pesquisa, consta o nome de pelo menos 11 pessoas de forma indevida. Consta, inclusive o nome do Major José Valdênio Leite Teixeira, que era acadêmico no Curso de Comunicação Social da UFT e foi encontrado morto em sua residência em 2014.
“Eu fico com pena, porque talvez ninguém nunca tenha levado o atestado de óbito para tirar o nome dele do sistema”, disse Élvio Quirino, acrescentando que a comissão eleitoral enviou os dados, que não estavam atualizados, para o TRE.
Expectativa
O T1 Notícias entrou em contato com as chapas “Confiança e Participação”, encabeçada pela atual vice-reitora Isabel Cristina Auler e “UFT Livre”, pelo professor José Expedido.
Isabel Auler, afirmou que está acompanhando o processo desde cedo e que a expectativa é que a vitória seja da sua chapa. “A expectativa é que a chapa 10, Confiança e Participação seja vitoriosa. Fizemos um trabalho em todos os campis, com muita intensidade, com alunos, com professores, com técnicos e estamos esperando. Acredito que mais para o final da noite vamos ter uma apuração”, afirmou Isabel.
Representando a chapa UFT Livre, o professor Eduardo Cesari afirmou que está acompanhando de perto a pesquisa. "Estamos acompanhando de perto, eu estou aqui no Campus de Palmas e o professor Expedito no de Araguaína. Agora é aguardar a apuração”, disse Cesari.
Docentes, discentes da graduação e pós-graduação stricto sensu, e técnicos-administrativos estão aptos a votar. Nesta Pesquisa Eleitoral na UFT, o peso dos votos de cada categoria é paritário, dando mais legitimidade e democratizando a escolha do Reitor(a) e do(a) Vice-Reitor(a). O resultado da pesquisa é levado ao Conselho Universitário (Consuni), que compõe uma lista tríplice e a encaminha à Presidência da República, para que esta nomeie o Reitor(a) e seu/sua vice para um mandato de quatro anos à frente da universidade.
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