Semana termina com saldo de operações da PF no Executivo e no Judiciário do Tocantins

Da Operação Máximus, foi afastado o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, do juiz José Maria Lima e as prisões do advogado Thiago Sulino de Castro e Thales André Pereira Maia, filho de Helvécio

Crédito: Divulgação

Semana no Tocantins termina com saldo de duas operações da Polícia Federal, que entrarão para a história do estado. A primeira,  denominada Operação Fames-19, investiga o desvio de recursos públicos na compra de cestas básicas, e foi desencadeada na quarta-feira, 21. A outra, chamada Operação Máximus, apura a compra e venda de sentenças judiciais, corrupção e lavagem de dinheiro no Poder Judiciário do Tocantins, e ocorreu nesta sexta-feira, 23.



Operação Máximus

 

Sem informações oficiais por parte da Polícia Federal, que em ambas as operações não realizou entrevista coletiva, tem-se como oficial as notas emitidas pelos alvos. Da mais recente, a Máximus, o Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) informou em nota  que a Presidência do Tribunal de Justiça foi notificada na tarde desta sexta-feira, 23, acerca das medidas cautelares de afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, atual corregedor regional eleitoral do TRE-TO, e do juiz José Maria Lima, e que tomou as providências necessárias para cumprimento das ordens e que defende a apuração dos fatos com lisura e transparência.



Na Operação Máximus, o Supremo Tribunal Federal (STJ), além das medidas cautelares, autorizou 60 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Os mandados de prisão foram cumpridos em desfavor do filho do desembargador Helvécio de Brito, Thales André Pereira Maia, e do advogado Thiago Sulino de Castro. Nenhum dos investigados ainda se manifestou.



Dos mandados de busca e apreensão, fontes não oficiais informaram que um deles foi cumprido na casa do desembargador João Rigo Guimarães, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), em Araguaína.  O desembargador também não se manifestou. O TRE-TO, por sua vez, informou em nota que não era alvo da ação da Polícia Federal e que todas as suas unidades estão funcionando normalmente nesta sexta-feira. (Confira Aqui outros detalhes da Operação Máximus)



Operação Fames-19

Na Operação Fames-19, foram cumpridos 62 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares em desfavor de  autoridades como o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, seus filhos (deputado federal Léo Barbosa e o superintendente do Sebrae, Rérison Antônio Castro Leite), a primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karinne Sotero; servidores públicos e empresários. (Confira Aqui outros detalhes da Operação Fames-19)



Um deles, Joseph Madeira chegou a ser preso na quarta-feira, 21,  por, conforme sua defesa, não estar com o aparelho de telefone celular (alvo da busca e apreensão) para ser entregue à PF. Nesta sexta-feira, 23, o STJ autorizou a soltura do empresário após o pagamento de uma fiança estabelecida em R$ 100 mil.

 

 

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