A Secretaria Estadual da Saúde informou ao T1 Notícias na manhã desta quinta-feira, 12, que todas as salas de vacinas dos 139 municípios do Tocantins estão abastecidas com o imunobiológico da febre amarela, e que a vacina está disponível para a população que queira se prevenir. Conforme a Sesau, há também um estoque vacinal com aproximadamente 25 mil doses na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos.
O registro de 48 pessoas com suspeita de febre amarela em Minas Gerais nos primeiros dias de 2017 deixou o país em alerta. Do total de registros, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo para o vírus. Entre os caso suspeitos de febre amarela, foram notificados 14 óbitos suspeitos, sendo que oito também tiveram um primeiro exame positivo para o vírus.
No Brasil, o vírus da febre amarela é transmitido por mosquitos silvestres. Os sintomas iniciais da doença são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. O índice de mortalidade, em estágio grave, alcança de 20% a 50% dos doentes.
Tocantins
No Tocantins, de acordo com a Sesau, não foram confirmados casos da doença nos anos de 2015 e 2016. Dos oito casos suspeitos investigados em 2015 e seis casos suspeitos investigados em 2016, todos foram descartados. O Tocantins também não registrou mortes por febre amarela nos dois últimos anos.
“Os últimos casos foram registrados em 2000, na ocasião, o Tocantins registrou surtos da doença com a confirmação de 26 casos de Febre Amarela silvestre, sendo que 22 pessoas contraíram a infecção de forma autóctone e os outros casos foram oriundos do Pará e Maranhão. Dos casos autóctones, nove evoluíram para óbitos”, afirmou a Sesau.
Dicas de prevenção
A Febre Amarela é uma doença viral com dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e urbano e com transmissão vetorial. A vacinação é a ferramenta mais importante para prevenção e controle da doença.
É importante alertar aos viajantes não imunizados que ao adentrarem em áreas silvestres, rurais ou de mata realizem a vacina com 10 dias de antecedência da data da viagem, visto que esse grupo representa risco para febre amarela.
Vale ressaltar também que as pessoas que planejam turismo rural, pescaria, visitação de reservas naturais, parques ecológicos, cachoeiras, rios, florestas, parques urbanos, bem como aqueles que praticam atividades laborais relacionadas ao extrativismo, à fauna e à flora em ambientes rurais e silvestres, devem adotar outras medidas de prevenção, tais como: utilizar roupas que proteja todo o corpo (sapato fechado, camisa de manga longa e calça comprida), usar repelentes e evitar ou reduzir a exposição no horário de maior risco (9h às 16h), uma vez que a doença apresenta características silvestres.
Tanto o interior do Tocantins, como a capital, não apresenta casos diagnosticados de Febre Amarela, porém pelo fato do estado apresentar caráter agrário, onde muitas pessoas realizam atividades ligadas ao extrativismo rural, ou mesmo pelo fato de residirem em ambientes muito próximas a áreas silvestres ou de estarem realizando alguma atividade voltada turismo ecológico, ressalta-se, novamente, a importância da atualização do cartão vacinal para febre amarela.
O Tocantins, por está situado em uma área de recomendação vacinal para Febre Amarela e por apresentar uma população suscetível a essa doença, é recomendado que as pessoas se dirijam as salas de vacinas do seu município com o cartão vacinal em mãos e atualizem a vacinação da Febre Amarela, visto que essa doença apresenta características sazonais e a maior frequência da mesma coincide com o período de altos índices pluviométricos e elevada densidade vetorial (dezembro a maio).
(Com informações da Ascom/Sesau)
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