Sete pacientes do Hospital Regional de Araguaína aguardam vagas em leitos de UTI

O Ministério Público Estadual (MPE) moveu uma ação civil pública ontem, 11, contra o Estado, por falta de vagas em leitos de UTI para sete pacientes internados no Hospital Regional de Araguaína (HRA). O MPE requer que o Estado adote medidas para a transferência imediata dos pacientes para unidades hospitalares com leitos de UTI disponíveis.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias nesta quinta-feira, 12, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclareceu que ainda não foi notificada sobre a ação, mas que "não tem medido esforços para atender toda demanda por leitos de UTI, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), no Tocantins".

 

Entre os pacientes que aguardam vagas em leitos de UTI, três são idosos com mais de 70 anos. De acordo com o MPE, dos sete pacientes, quatro aguardam vagas em leitos de UTI desde o início deste mês, permanecendo na sala vermelha, destinada ao atendimento de pacientes graves no pronto socorro, mas o local não dispõe de cuidados intensivos necessários.

 

De acordo com a promotora de Justiça Araína Cesária D´Alessandro, “o planejamento de cuidados deve ser individualizado e não se resume a monitorização de sinais e sintomas, mas avaliação e acompanhamento multidisciplinar, com trabalho alinhado entre médicos, equipe de enfermagem, de nutrição, de fisioterapia, de fonoaudiologia, assistência social, psicologia, dentre outros”, explicou.

 

SES

 

A pasta destacou ainda na nota enviada ao T1  que Araguaína possui atualmente 26 leitos de UTI, sendo um de UTI pediátrica, 19 UTI para pacientes com queimaduras e seis UTI adulto.

 

"A SES esclarece ainda  que está buscando ampliar as ofertas de leitos de Unidade de Terapia Intensiva tanto na rede pública quanto de forma complementar na rede privada.  Para tanto, está com chamamento aberto por meio do edital de credenciamento nº 001/2018, que trata do credenciamento de pessoas jurídicas para prestação de serviços de UTI (adulto, pediátrico e neonatal), com a finalidade de complementar mais 50 leitos. Uma empresa já se encontra em processo de habilitação junto à SES", finaliza.