Sintras aceita proposta do governo e servidores da Saúde suspendem greve

Em assembleia nesta quarta, Sintras apresentou proposta do Governo e servidores aceitaram. Retroativos devem começar a ser pagos a partir de maio. Se Governo descumprir acordo, greve voltará.

Decisão foi tomada em assembleia
Descrição: Decisão foi tomada em assembleia Crédito: Ascom

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras) se reuniu com servidores da área em assembleia na noite de ontem, quarta-feira, 01, em sua sede, para apresentar a proposta do governo quanto aos pagamentos suspensos por Decreto.

 

A proposta foi aprovada na assembleia e prevê o pagamento das progressões e dos retroativos da insalubridade e do adicional, que deverá começar na folha de maio deste ano para quem tem a receber até quatro salários mínimos.

 

Segundo o Sintras, o servidor que tem a receber saldo igual ou superior a cinco salários mínimos dos retroativos de insalubridade começará a receber o pagamento em setembro.

 

Durante a discussão do sindicato com Governo, intermediada pelo secretário da Administração, Geferson de Oliveira Barros, foi dito aos servidores que o governo irá dialogar com o banco para rever a questão da negativação dos nomes dos servidores que fizeram algum empréstimo ou antecipação. Será verificado também bloqueio de limites, talão de cheque, bem como os limites dos cartões de créditos.

 

Greve suspensa

O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, afirmou ao T1 Notícias que os servidores aceitaram bem a proposta e concordaram em interromper a greve. Manoel Miranda disse que “a proposta deu uma perspectiva para os servidores”.

 

No entanto, ele avisou que “a greve está paralisada. Mas nós podemos retornar se o governo não cumprir o que está determinado na negociação. Não em ameaça, mas em respeito porque paralisamos a greve”. 

 

Proposta

O presidente do Sintras afirmou que houve um avanço nas negociações apesar da proposta “não atender totalmente os anseios da categoria”. Segundo ele, o que foi negociado deverá resolver os grandes transtornos gerados na vida do servidor da saúde.

 

“O governo não queria incluir as progressões no acordo deixando para discussão posterior, mas a diretoria do Sintras foi incisiva em negociar apenas com as progressões em pauta e, com isso, resolverá grandes problemas que foram gerados em virtude do governo não ter cumprido o compromisso firmado com a categoria através do acordo feito com os sindicatos no ano passado”, reforçou Miranda.

 

Na proposta, o Governo também se compromete a não penalizar os servidores que aderiram à greve realizada nos dias 30 e 31 de março deste ano, com exceção dos casos apurados pela Secretaria da Saúde que não sejam inclusos na norma vigente que regulamenta o movimento paredista.

 

Confira na íntegra a proposta do governo aos servidores da saúde:

1) Implemento, em janeiro de 2016, das progressões concedidas até 2014, decorrentes de Planos de Cargos Carreiras e Remunerações implantadas em Leis anteriores ao período de vedação previsto em Lei:

 

2) Pagamento, a partir de maio de 2015, dos retroativos de adicional noturno, insalubridade e progressões em até 6 parcelas para:

a) Quem tem a receber até 1 salário mínimo receberá em 1 parcela;

b) Quem tem a receber até 2 salários mínimos receberá em 2 parcelas;

c) Quem tem a receber até 3 salários mínimos será pago em 4 parcelas;

d) Quem tem a receber até 4 salários mínimos será creditado nas contas dos servidores em 6 parcelas; e.

e) para que tem saldo a receber a partir de 5 salários mínimos o pagamento será realizado em 10 parcelas.

 

3) Retroativo da insalubridade a partir de setembro para aqueles com saldo igual ou superior a 5 salários mínimos.

 

4) Passivos de 2015 serão negociados a partir de janeiro de 2016.

 

5) A Secretaria da Administração se compromete a promover agenda, no mês de abril, junto Banco do Brasil, para dialogar e tentar negociar cerca dos valores antecipados aos servidores, resultante de Convênio firmado em 2014, com participação das entidades sindicais representativas.

 

6) Não haverá implicação administrativa para aqueles servidores em relação à paralisação realizada entre os dias 30 e 31 de março de 2015, com exceção daqueles casos apurados pela Secretaria da Saúde que não sejam inclusos na norma vigente que regulamenta o movimento paredista.

 

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