Sintras rebate Secad e diz que categoria espera pagamento integral de acordos

O Sintras rebateu as declarações da Secad que afirma "intransigência da categoria" por manter greve após pagamento de parte dos acordos e diz que servidores esperam pagamento integral

Categoria manterá greve até pagamento integral
Descrição: Categoria manterá greve até pagamento integral Crédito: Divulgação/Sintras

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras) enviou nota ao Portal T1 Notícias em que rebate as declarações da Secretaria de Administração do Estado, que afirmou que a greve dos servidores da Saúde se dá por uma “demonstração da intransigência da categoria”, após a categoria decidir manter a paralisação das atividades, mesmo após o pagamento de parte dos acordos na última segunda-feira, 7.

 

O Sindicato diz que a categoria decidiu manter o movimento porque espera o pagamento integral dos acordos firmados desde 2014 e vem sendo cumpridos apenas de forma parcial, o que “refletiu até na vida social dos servidores, pois tiveram seus nomes negativados em financeiras, e com a cobrança dos bancos alguns servidores ficaram até sem saldo salarial para a alimentação”.

 

Ainda de acordo com o Sintras “ao contrário da nota emitida pelo Governo, a diretoria do sindicato afirma que em nenhum momento o Sintras ressaltou que o Estado não cumpriu nenhum item do acordo, o que a categoria exige é que o governo cumpra integralmente o acordo”.

 

Na nota, o Sindicato também ressalta que “o governo não pode intimidar os servidores, pois, o governo, através da Secretaria da Administração, faltou com a verdade, pois, o que a categoria quer é terminar o ano com tudo em dia”.

 

A nota é finalizada com a informação de que o Sintras convocará uma assembleia geral nos próximos dias para avaliar a mobilização, e que até lá “a categoria manterá mobilizada”.

 

Confira a nota do Sintras na íntegra:

Nota

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins – SINTRAS-TO – vem esclarecer que no quarto dia de greve na saúde do Estado, a qual já atingiu dezesseis hospitais do Estado, que os servidores em nenhum momento, almejaram prejudicar os usuários do SUS. Mas, sim, exigir mais respeito do atual governo com a categoria.

 

O movimento paredista no Tocantins iniciou pela falta de compromisso do governo em não pagar os direitos dos servidores firmados em acordo e garantidos em Lei.

 

Lembrando que os usuários do SUS também fazem parte das famílias dos servidores que de alguma forma sofreram o impacto por falta do compromisso do governo com a classe.

 

Essa situação refletiu até na vida social dos servidores, pois tiveram seus nomes negativados em financeiras, e com a cobrança dos bancos alguns servidores ficaram até sem saldo salarial para a alimentação.

 

Ao contrário da nota emitida pelo Governo, a diretoria do sindicato afirma que em nenhum momento o Sintras ressaltou que o Estado não cumpriu nenhum item do acordo, o que a categoria exige é que o governo cumpra INTEGRALMENTE o acordo.

 

Mesmo porque, o sindicato afirma que o acordo foi executado em parte, mas a pauta de reivindicação da categoria vai além do que foi cumprido pela gestão estadual.

 

Assim, o que levou os servidores decidirem pelo movimento paredista é cumprimento integral do acordo, com os pagamentos do adicional noturno, insalubridade, gratificação e plantão extra, assim como abertura do diálogo das condições de trabalho.

 

É notória a péssima qualidade nutricional da alimentação servida nos hospitais do Estado tanto para pacientes quanto para os profissionais da saúde, e as precárias condições de trabalho a que são submetidas os servidores como falta de EPI’S, luvas e medicamentos.

 

Essas condições de trabalho são fundamentais para prestar um atendimento eficiente e de qualidade a população.

 

A diretoria do Sintras ressalta que a greve é a última decisão de uma negociação finalizada com um acordo não cumprido de forma integral.

 

Foi quatro propostas de pagamentos dos direitos, a primeira assinada em três de setembro de 2014 (descumprido integralmente), o segundo acordo foi firmado em 17 de abril de 2015 (cumprido em parte), o mesmo retificado em 24 de julho deste mês (cumprido em parte) e a última proposta apresentada pelo próprio governo em 17 de novembro (nesta sexta-feira, 11, entre os pagamentos devem ser pagos os retroativos).

 

Contudo, do mês de agosto para cá, além dos valores pendentes do acordo, a dívida do governo com os servidores só aumentou somando os adicionais noturnos do mês.

 

Por isso, o total descrédito e a revolta da categoria com o governo resultou na greve por tempo indeterminado, até a gestão estadual creditar na conta dos servidores todos os referidos valores.

 

Do acordo, o governo está em débito somando já três parcelas dos valores atrasados negociados no documento assinado, além da publicação dos nomes pendentes dos servidores aprovados no estágio probatório com direitos até dezembro de 2014.

 

E, o Sintras, ressalta ainda que o Governo não pode intimidar os servidores, pois, o governo, através da secretaria da administração, faltou com a verdade, pois, o que a categoria quer é terminar o ano com tudo em dia.

 

O Sintras convocará uma assembleia geral nos próximos dias para avaliar a mobilização, portanto, a diretoria do Sintras reforça que a categoria manterá mobilizada.

Comentários (0)