Sintras suspende greve após garantia de pagamento dos benefícios atrasados

Em assembleia categoria decidiu pela suspensão da greve que já durava há quase dois meses até o dia 22 de fevereiro. Pagamento de adicional noturno atrasado será pago na folha do mês de janeiro

Em assembleia servidores suspendem greve
Descrição: Em assembleia servidores suspendem greve Crédito: Foto: Ascom

Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, 29, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (Sintras) decidiu suspender a greve que já durava mais de 50 dias. Por meio de ofício, a Secretaria da Administração (Secad) informou aos servidores que já foi incluso na folha do mês de janeiro (que será paga até 12 de fevereiro) o pagamento do adicional dos dois meses que estão em atraso e do mês vigente. O atendimento será normalizado neste sábado, 30.

 

Segundo o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, “a categoria entende que a greve está com um tempo muito grande, e então decidiu suspender até o dia 22”.

 

Representantes do sindicato devem se reunir novamente com o secretário da Administração, Geferson Barros, no próximo dia 16. Miranda afirmou que espera que o diálogo com o governo seja mantido. “Só retomaremos a greve se fechar o canal de negociação”.

 

Com a inclusão do pagamento do adicional noturno deste mês na folha de pagamento, o plano de carreira dos servidores da saúde foi atualizada. Eles esperam agora negociar com o governo os retroativos e gratificações e todas as reivindicações que ficaram pendentes.

 

O presidente reiterou que “com isso ele atualiza os direitos garantidos a categoria pela lei 2670/2012 e garante à categoria umas das pautas de suma importância, que é não mexer no plano de carreira da categoria”.

 

O Sintras informou que 80% da categoria deu o aval de manter as negociações com o governo.

 

Médicos fazem paralisação em todo o Estado

Enquanto os servidores da saúde suspendem a greve, o Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed-TO) anunciou que irá realizar uma paralisação em todos os hospitais públicos do estado, nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro.

O sindicato realizou uma assembleia extraordinária em Araguaína na noite desta quinta-feira, 29, para discutir a situação dos pagamentos dos direitos dos médicos e as condições de trabalho da categoria no serviço público estadual. Ficou decidido pela suspensão dos atendimentos em ambulatório e os procedimentos eletivos, mantendo-se apenas os atendimentos em urgência, emergência.  

Em nota encaminhada à imprensa, representantes do Simed afirmam que “as más condições de trabalho nos hospitais e o calote instituído pela gestão estadual que não paga direitos dos servidores, como progressões funcionais, insalubridade, produtividade e adicional noturno embasam as decisões dos médicos pela paralisação”.

 

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