Técnicos se reúnem com OMS e Opas para discutir meios de combate ao tracoma

OMS e Opas discutem estratégias de eliminação do tracoma com técnicos do Tocantins e outros países

Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Panamericana de Saúde (Opas) se reúnem com técnicos do Tocantins e de outros países nesta terça-feira, 12 de agosto, em Palmas para discutir estratégias de fortalecimento dos programas de prevenção e tratamento do tracoma. O encontro acontece a partir das 8h, no Hotel Girassol Plaza, na Quadra 101 Norte, Avenida NS-A, Conjunto 2, Lote 4.

Além de técnicos da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) e da Secretaria da Saúde de Palmas (Semus), participam da reunião representantes do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde (MS) e técnicos da Colômbia, Guatemala e México, responsáveis pelos programas de vigilância e tratamento do tracoma nestes países.

“A proposta da reunião é fortalecer as ações pactuadas com a Organização das Nações Unidas (ONU) e que são desenvolvidas nestes países, incluindo o Brasil, para atingir a eliminação do tracoma como causa de cegueira”, explica a responsável pela Área Técnica de Vigilância do Tracoma no Tocantins, Neusa Bernardes.

Neusa, que já capacitou técnicos em outros estados do Brasil, explica ainda que no Tocantins está sendo realizada pesquisa com um novo método de diagnóstico de portadores do tracoma acima de 15 anos. Segundo ela, os estados do Tocantins e Pernambuco foram os primeiros estados a iniciar a pesquisa no Brasil.

Tracoma
A doença atinge os olhos e é causada por uma bactéria, explica a técnica, acrescentando que o tracoma é transmitido através de objetos contaminados compartilhados.

Ainda segundo Neusa, a doença acomete, em sua maioria, crianças entre um e nove anos e se não tratada, na idade adulta, o tracoma pode ocasionar em um desordenamento do crescimento dos cílios e provocar comprometimento da visão.


Por isso, as ações de incentivo ao diagnóstico precoce do tracoma são realizadas em escolas para facilitar a detecção precoce de portadores do tracoma ainda na infância. Segundo dados  da Área Técnica, entre 2007 e 2013, dos 30.934 escolares examinados em todo o Estado, 1.316 foram identificados com a doença.

Sintomas e tratamento
Entre os principais sintomas estão sensação de corpo estranho nos olhos, coceira, lacrimejamento, irritação, ardor, secreção mucopurulenta, olhos vermelho e inchaço nas pálpebras.

O tratamento é gratuito e oferecido na rede pública de saúde e deve ser iniciado o quanto antes, reforça Neusa.

Comentários (0)