Tocantins gasta R$ 4 milhões com pacientes de outros estados da região

Tocantins recebe pacientes de diversos estados da região Norte, o que representa um ônus anual superior a R$ 4 milhões. Saúde do Estado atende a uma demanda de 5 milhões e pessoas

 

O atendimento na saúde pública realizado pelos estados do Tocantins, Pará e Maranhão foi tema de encontro com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 11, em Palmas. O objetivo da reunião foi definir o fluxo de atendimento entre os três estados e debater a aplicação de R$ 17 milhões, oriundos do Banco Mundial, para reforma, qualificação profissional e aquisição de equipamentos para melhorar o atendimento nos hospitais de Araguaína e Augustinópolis (TO), Imperatriz (MA) e Marabá (PA).

Atualmente, a saúde pública do Tocantins tem um ônus anual de mais de R$ 4 milhões no atendimento a pacientes vindos do Pará e Maranhão. De acordo com a diretora de Gestão e Acompanhamento Estratégico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Maria Luiza Salazar, a macrorregião norte do Estado, que abrange o Norte e o Bico o Papagaio, vem há anos recebendo demanda de pacientes dos dois estados vizinhos.

Qualidade do serviço

As razões da procura pelos hospitais do Tocantins vão desde a proximidade geográfica até a melhor estruturação da rede hospitalar do Estado.“O nosso Estado conseguiu se estruturar melhor que nossos vizinhos. Nós hoje atendemos a demanda de cinco milhões de pessoas, somando a região macronorte, o sudeste do Pará e do sudoeste do Maranhão”, salientou.

De acordo com dados apresentados pela Sesau ao Ministério da Saúde, entre atendimentos hospitalares e ambulatoriais, o Estado recebe anualmente pacientes oriundos de mais de 30 municípios do Pará e do Maranhão. Em termos de atendimento, entre 2011 e 2012 o Pará encaminhou mais de 11 mil pacientes ao Tocantins e o Maranhão, 19.663.

Contrapartida

Em valores, o Estado gasta R$ 5.576.307,05 com esta demanda e recebe da União um repasse de R$ 700.000,00 para cobrir a despesa. “O Governo não quer negar o atendimento a nenhum paciente, independente da naturalidade. A ordem que temos é para atender a todos, mas a conta está pendendo para o Tocantins”, disse.

Desta forma, a divisão igualitária da verba do Banco Mundial proposta durante a reunião entre os estados não agradou à gestora de saúde do Tocantins. “Mesmo apresentando todos estes dados, o Pará e o Maranhão não abriram mão e não houve um consenso. Os R$ 17 milhões não resolvem este problema. De qualquer maneira, haverá outra reunião nos dias 20 e 21 de maio, para regularmos como serão feitos os atendimentos nas unidades de cada Estado. Vamos fechar os serviços que vamos ofertar. O que Marabá vai regular e o que Imperatriz pode oferecer”,explicou.

Comentários (0)