A Presidente Dilma, o PT e o primeiro-ministro Chamberlain

Ainda que você esteja em minoria a verdade ainda é a verdade (Gandhi)

 

Nos anos que antecederam a deflagração da Segunda Guerra Mundial, o antecessor de Winston Churchill, foi o primeiro-ministro Neville Chamberlain.

 

Enquanto Adolf Hitler se armava até os dentes para invadir a Europa, com seu plano megalomaníaco de dominar o mundo, o primeiro-ministro Chamberlain estava envolvido em relações diplomáticas com a Alemanha, fazendo várias concessões a Adolf Hitler e, inocentemente, acreditando que a paz seria possível.

 

O que Chamberlain não se atentou é que a diplomacia de Hitler estava apenas ganhando tempo para terminar seus preparativos para a deflagração da guerra. O resultado disso foi que a Europa, notadamente a Grã-Bretanha, foi pega de surpresa e completamente despreparada para enfrentar os nazistas. Deu no que deu.

 

Desde a primeira eleição do PT, em 2002, os petistas vêm aparelhando o Estado brasileiro. Numa estratégia engendrada pelos seus dirigentes o PT do presidente Lula e depois da presidente Dilma, aparelhou todas as empresas estatais e estabeleceu um sistema de corrupção e arrecadação de recursos financeiros para sustentar um projeto político eterno.

 

O primeiro combate efetivo a esse aparelhamento foi capitaneado pelo Ministro Gilmar Mendes, quando presidente do Supremo Tribunal Federal nos anos de 2008 a 2010. Esse aparelhamento resultou no processo do mensalão e agora do petrolão. Resultou na perda do valor da Petrobrás em 90%, conforme noticiado essa semana, e ainda quebrou a economia brasileira, destruindo todo o sistema econômico que foi criado, a duras penas, nos últimos 25 anos.

 

Nos últimos 12 anos (8 de Lula e 4 de Dilma) todos os partidos políticos no Congresso Nacional, vem, placidamente observando a destruição do sistema político e econômico brasileiro sem nada fazerem de efetivo.

 

Agora, depois de uma eleição fraudada em 2014, instalada uma crise econômica, política e social sem precedentes, a Presidente Dilma e o PT querem dialogar com os partidos políticos e com a sociedade, sob o discurso da “governabilidade”.

 

Essa tentativa de diplomacia falsa e hipócrita é a mesma usada pela Alemanha com a Europa no período que antecedeu a deflagração da segunda guerra mundial, enquanto Hitler se preparava para a guerra, sem ninguém acreditar no que estava vendo.

 

Há poucas semanas, em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma, transmitida logo em seguida em rede nacional, o Presidente da CUT fala em convocar seus militantes para pegar em armas e assim defenderem o governo. De tão absurda a declaração, ninguém acreditou. Na verdade ninguém acredita nas coisas que o PT escreve, fala ou faz, de tão absurdas que são. Enquanto isso, eles continuam fazendo.

 

Agora, a presidente Dilma e o PT, querem conversar com a nação e estabelecerem um pacto político pela governabilidade. Nada mais absurdo.

 

Negociar com a Presidente Dilma Rousseff e com o PT é incorrer no mesmo erro que incorreu o primeiro ministro inglês Neville Chamberlain ao negociar com a diplomacia de Adolf Hitler, dando-lhe tempo para se preparar para promover uma destruição nunca vista.

 

Quanto mais tempo o atual governo tiver, maior será a destruição econômica, política e social que o país enfrentará.

 

Cabe ao PMDB, PSDB e aos demais partidos decidirem se querem trilhar o mesmo caminho de Chamberlain.

 

É isso.

 

Marcelo Cordeiro é advogado, pós-graduado em administração pública, mestrando em Direito Constitucional pelo IDP, ex-juiz do TRE/TO. Escreve todas as segundas na coluna Falando de Direito.

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