A vitória da mentira

Amigos leitores, desde a redemocratização plena desse país e a promulgação da Constituição em 1988, o Brasil vem buscando um encontro com a competência, com a ética e com a eficiência na administração pública. E mais, a sociedade busca o encontro da honestidade e da moralidade com os atos da administração pública.

 

O resultado das eleições para presidente da república demonstra que o Brasil, mais uma vez, não encontrou o caminho para dar o salto do patamar de um país pobre, desonesto e subdesenvolvido para o país grande, nobre e rico. Isso porque o PT conseguiu nessas eleições o ápice de um de seus intentos: dividir o Brasil, entre ricos e pobres, brancos, pardos e negros, nós e eles, e por aí vai.

 

A presidente Dilma, juntamente com o PT, conseguiu transformar uma mentira em verdade. A mentira de que os avanços sociais seriam cancelados em caso da vitória do seu oponente. Conseguiu convencer os estudantes universitários da mentira de que os avanços das bolsas na área educacional sofreriam retrocesso em caso de sua derrota. A verdade é que todos esses benefícios já existiam muito antes do PT chegar ao governo, eles simplesmente foram turbinados.

 

O Brasil saiu menor dessas eleições. É do conhecimento público os meios inomináveis utilizados pelo PT nessa campanha. O mapa das eleições mostra muito bem que a presidente Dilma foi reeleita com base nos votos daqueles menos esclarecidos e dos que mais dependem dos programas sociais do governo federal, especificamente o bolsa família, que teve sua origem no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, criado por sua esposa, a socióloga Ruth Cardoso.

 

O PT não teve nenhum escrúpulo ao investir pesado contra os menos favorecidos, com ameaças de todos os gêneros. Os benefícios sociais distribuídos em larga escala pelo governo federal, sem critério e sem nenhuma contrapartida dos beneficiados funcionaram como uma verdadeira compra de votos disfarçada. Isso é uma vergonha nacional. Conduta dessa natureza diminui a grandeza do processo democrático e vicia a vontade do eleitor.

 

A vontade do eleitor de baixa renda foi corrompida pelo medo e pelas ameaças impostas pelo governo federal, através do PT e de todos os seus militantes, auxiliados pelos partidos que compuseram a aliança que garantiu a vitória da presidente Dilma.

 

Não esperem vida fácil a partir de segunda-feira, dia 27 de outubro de 2014. A fatura dessa eleição vai chegar, e vai ser cara. Tenham a certeza de que o Poder Legislativo e o Poder Judiciário vão sofrer ataques inomináveis nessa próxima gestão petista. Anotem, plebiscitos viciados, comprados pelas esmolas que estão sendo distribuídas aos menos favorecidos, serão usados para tentar esvaziar as atribuições do Congresso Nacional. As tentativas de aparelhar o Poder Judiciário, através da polícia federal e do ministério público, continuará.

 

Dias difíceis estão por vir. O maior desafio para os próximos 4 anos será o de manter as conquistas democráticas ocorridas na Constituição Federal de 1988 e impedir que o Brasil caminhe para o degringolamento  de suas instituições, como tem ocorrido na Argentina, Venezuela e outras republiquetas sul-americanas.

 

A Constituição Federal, no art. 2º, estabelece que os poderes devem funcionar de forma independente e harmônica. Esse é o desafio da sociedade para os próximos quatro anos: não permitir que as instituições sejam dilapidadas. Esse é o esforço democrático que todos devem fazer e ficar vigilantes.

 

É isso.

 

 

 

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