O adiamento das Olimpíadas, o maior evento esportivo do planeta, para 2021 provou que o impacto da pandemia foi severo para o mundo dos esportes. De fato, todo o calendário esportivo para 2020 foi estremecido pelo isolamento social necessário para conter a Covid-19. No entanto, se tem algo que se beneficiou neste ano tão surreal, foi o esporte eletrônico.
Fãs de esportes e jogadores de todo o mundo, frustrados com o cancelamento de partidas, voltaram-se para os esportes eletrônicos através dos jogos de videogames online, ou ainda conheceram o mundo das apostas virtuais em sites como o NetBet Sports, onde é possível encontrar uma fantástica variedade de títulos famosos, das mais diferentes modalidades.
Atletas profissionais do mundo real também apoiaram a causa do isolamento social e se dedicaram aos torneios virtuais de futebol, automobilismo, games e muito mais.
A NASCAR fez sua estreia eletrônica em março, com o ‘eNASCAR iRacing Pro Invitational Series Race’. O evento, transmitido ao vivo, contou com drivers reais da NASCAR no modo de simulação. As corridas do iRacing ultrapassaram 1 milhão de espectadores quando foram ao ar na Fox Sports.
A EA Sports, proprietária do popular jogo FIFA, também promoveu a ‘Stay and Play Cup’ para ajudar na arrecadação de fundos para a luta contra a Covid-19. O torneio, que aconteceu em abril, envolveu jogadores profissionais de 20 dos clubes mais famosos e históricos da Europa.
A Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos, também lançou um torneio no formato virtual estrelado por atletas profissionais de futebol da EA Sports FIFA 20 Global Series, continuando a tendência em todo o setor. Chamado ‘eMLS Tournament Special’, a competição iniciada em abril teve um mês de duração.
A Football Association (FA) lançou a #FootballisStayingatHome Cup, torneio com duração de uma semana, no qual o atacante Marcus Rashford, do Manchester United, e a estrela do clube alemão Borussia Dortmund, Jadon Sancho, usaram os joysticks para participar de uma competição aberta.
Um dos torneios de eSports mais populares e vistos – o League of Legends Championship Series (LCS) – foi cancelado em Berlim, na Alemanha, e passou a ser jogado em uma plataforma online. Embora a receita com ingressos tenha sido prejudicada, para a surpresa dos organizadores a audiência online não caiu, principalmente porque a ESPN decidiu transmitir o torneio.
Isso tem sido visto como uma mudança de paradigma para a indústria de esportes eletrônicos. Torneios virtuais ou eSports que mais se assemelham a simulações de um jogo normal, são a maneira mais fácil de preencher o espaço de programação enquanto os jogadores estão presos em casa.
Clubes do futebol brasileiro estão investindo em equipes de eSports
Segundo dados levantados pela consultoria NewZoo, o eSport no Brasil conta com mais de 20 milhões de fãs e movimenta, no mundo, cerca de R$ 5,5 bilhões de reais. Com a popularidade crescendo, os clubes de futebol do País foram atraídos e estão investindo em equipes de eSports.
O Esporte Clube Flamengo (RJ) é um dos expoentes em League of Legends (LoL), modalidade mais conhecida no Brasil. O Santos (SP), em parceria com a HotForex, disputa a elite dos campeonatos de LoL, Free Fire, e CBCS (um dos principais torneios de Counter-Strike: Global Offensive - CS:GO).
O Corinthians também está na lista de times de eSports. A equipe do clube paulista foi campeã brasileira de Free Fire, em 2019, e também conquistou a terceira etapa da Free Fire Pro League. Atualmente está na disputa da LBFF (Liga Brasileira de Free Fire).
Outros clubes como Cruzeiro (MG) têm equipes envolvidas com as modalidades FIFA e PES, para disputar torneios virtuais de futebol, além e-atletas dedicados às modalidades Free Fire e Fortnite. Já o Atlético Paranaense se dedica à torneios de FIFA e tem uma equipe fixa de Free Fire, assim como o Vasco (RJ).
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