A lista dos \"não pode\"aumenta: quem insistir pode pagar teimosia com o mandato

A legislação eleitoral vigente, cada vez mais dura no sentido de coibir qualquer prática que possa se traduzir em compra de voto - seja através do abuso do poder político ou econômico – está provocando um efeito interessante nas eleições deste ano.

É que muitas ações correm na justiça eleitoral contra vencedores e derrotados por práticas consideradas abusivas durante o último pleitos. Movem estas reclamações, desde os candidatos derrotados, até o Ministério Público, na alçada da sua competência.

 

Ontem duas manchetes neste Portal T1 Notícias chamaram a atenção para ações que seguem seu curso. Contra o governador Siqueira Campos, há um Rced, em fase de agravo regimental. Contra o ex-governador Carlos Gaguim, um processo cujo julgamento foi iniciado no TRE.

 

Mas não se trata só de governador e ex-governador. Há processos de questionamento da prestação de contas de deputados (vide Solange Duailibe e Amália Santana), e há ainda dezenas de ações que fogem da esfera eleitoral e entram para o campo das improbidades administrativas contra prefeitos. Boa parte deles afastados de suas funções nos últimos meses no Tocantins.

 

A lei é severa, e seu cumprimento tem sido cada vez mais cobrado pelos órgãos fiscalizadores, cada um na esfera das suas competências.

 

O recado que fica para candidatos nesta eleição é que todo cuidado é pouco. Gastar dentro do que estipulam as normas para instalação de comitês financeiros. Pagar despesas legalmente. Não doar brindes, desde a mais simples camiseta. Não pagar contas, não oferecer vantagens pessoais ou financeiras. Não fazer propaganda irregular.

 

A lista de “nãos” é tão grande – e se amplia a cada eleição – que fazer campanha no Tocantins hoje requer cuidado extremo para evitar o “ganhou, mas não levou”.

 

Depois de eleitos, começa para os vitoriosos outro trabalho: o de escolher bem os assessores, especialmente da área administrativa e financeira direta, para evitar perder a chance de administrar. 

 

O que fica claro é que acabou o tempo dos improvisos, da campanha feita à toque de caixa, e do famoso jeitinho brasileiro.

 

Pode, pode. Não pode, não adianta querer inventar. É isso, ou perder o esforço pessoal, partidário e da militância. E ver o nome ir parar na lista dos inelegíveis.

 

Comentários (0)