A tentativa das meias respostas do Congresso Nacional 30 dias depois

Cerca de um mês após as manifestações ganharem as ruas, Senado e Câmara patinam sem dar respostas às demandas colocadas pela populacão. E os velhos hábitos continuam...

 

Conversando ontem, segunda-feira, 8, com duas fontes que vivem a rotina do Congresso Nacional, no Senado e na Câmara, ficou evidente que cerca de um mês após a eclosão das manifestações de rua no Brasil, pouco caminhou para dar as respostas que a população que foi às ruas quer e espera.

 

“O Renan está desesperado. Coloca tudo na pauta. Quer votar agora o Ecad”, me confirmou o senador Ataídes Oliveira, a quem perguntei sobre como anda a pauta do Senado e o espírito dos senadores para fazer a reforma.

 

Não me parece que o presidente do Senado esteja de fato “desesperado” para atender o clamor das ruas, ou evitar a pressão popular. Ou não voaria em avião da FAB para Trancoso e – pego em flagrante delito – defenderia a legalidade (ou a moralidade) do ato.

 

Trazendo para perto, as informações que chegam ao Portal, é que o deputado Osvaldo Reis(PMDB) veio ao Estado na semana passada para um evento, num desses aviões. Por baixo, o menor deles, faria em média esta viagem por R$ 100 mil.

 

Eu pergunto: para quê? Afinal as companhias estão aí com seus vôos comerciais diários. Trazer duas ou três pessoas a este custo, é o tipo de acinte que irrita a população. Mas os que não despertaram para o fato de que o momento é outro, continua com os mesmos péssimos velhos hábitos.

 

Pano rápido.

 

Enquanto a base aliada da presidente Dilma Roussef discute entre si se dá tempo ou não de fazer o Plebiscito, diante do prazo de 70 dias fixado pelo TSE, o tempo escorre entre os dedos.

 

Esta é praticamente a última semana de atividade parlamentar da Câmara dos Deputados, confirmou minha outra fonte na Casa. A expectativa é recesso após o dia 15.

 

Divididos entre Plebiscito e referendo, os parlamentares no geral mostram pouco apetite para fazer o que é necessário, e as duas Casas Legislativas sentaram em cima: a reforma política.

 

Ninguém quer diminuir mandato, há resistência em unificar eleições. São muitos interesses. No geral, vivendo em outro Planeta, a maioria dos políticos acha que o pior já passou, e que os brasileiros voltaram a viver suas vidas pacatas.

 

É um erro. Um grave erro. O tempo dirá.

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