Bastante abalado com a morte do filho, de 12 anos, que até as últimas horas de vida clamava por ajuda, Genival Gonçalves Pereira, pai do adolescente Wellington G.R, de 12 anos, falou ao site Roberta Tum rapidamente na noite desta quinta-feira, para responsabilizar o atendimento precário recebido no município e no HGP pela morte de seu filho, até onde se sabe por infecção generalizada."Ele dizia: pai me ajuda. E a enfermeira me dizendo: "calma pai, ele tá medicado, tá sedado, isso é normal", desabafou em prantos.
Pereira contou que o filho passou a reclamar dores nas pernas e no quadril após cair enquanto jogava futebol no último dia 22. Segundo o amigo da família, militar aposentado Mauro Rodrigues, que é padrinho do irmão de Welinton, o médico da Unidade de Pronto Atendimento- Upa do Aureny I (não identificado) encaminhou o adolescente ao HGP somente ontem, 29, onde o adolescente permaneceu mais de 14 horas sentado numa cadeira de rodas antes de ser atendido.
Pereira, pai do menor Welington G.R, 12 anos, acredita que o descaso começou no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento-Upa no Aureny I onde seu filho foi tratado apenas com medicamento para dor e mandado de volta para casa por três dias consecutivos. De acordo com Pereira o filho caiu enquanto jogava futebol na praça do Aureny IV, na quarta-feira, 22, e desde então o menor passou a reclamar dores nas pernas e no quadril.
O pai contou ao Site Roberta Tum que no mesmo dia levou o menor na Upa do Aureny I, e a única medicação passada foi a dipirona, que após aliviar a dor o médico encaminhou de volta para casa. Segundo informações de Pereira, a situação se repetiu por três dias seguidos e que o médico de plantão chegou acusar que as dores de Welinton seriam psicológicas. “O doutor me disse que meu filho precisava era de um psicólogo, pois essas dores já eram coisas de doido”, afirmou.
Encaminhamento demorou, e infecção não foi notada a tempo
Em prantos, o pai acusa a piora no quadro de saíude do filho ao fato de na sua opinião os médicos não dedicaram a atenção necessária ao caso, e negaram a solicitação feita por ele para encaminhar o adolescente para o HGP. “Eu pedi várias vezes para mandar meu filho para o HGP, mas sempre falavam que o menino não tinha nada, que não era nada grave”, explicou.
Bastante abalado, o pai passou o telefone ao militar aposentado Mauro Rodrigues, que é padrinho do irmão de Welinton. Este informou ao Site Roberta Tum que no início dessa semana voltou duas vezes com o menor para Upa e somente ontem, 29, após o médico perceber que situação teria agravado encaminhou o menor para o HGP. “Levei ele na terça-feira de novo lá e a situação foi à mesma, passaram remédio e mandaram de volta”, afirmou.
De acordo com Rodrigues o menor ficou sentando numa cadeira de rodas das 7h às 20h no corredor do hospital e que mais uma vez houve descaso no atendimento, o que levou o menor a óbito. “Tenho certeza que se tivessem socorrido o menino a tempo ele estaria bem. Deixaram ele jogado numa cadeira de rodas, esquecido no corredor. É um descaso com o ser humano”, ressaltou o militar.
Ainda segundo informações de Rodrigues os exames feitos depois identificaram uma infecção generalizada e este seria o motivo que o médico alegou para justificar a morte do menor.
O sepultamento de Welinton será amanhã às 10h no cemitério Jardim da Paz.
Nota do HGP
Em nota encaminhada à TV Anhanguera que divulgou o caso na sua segunda edição, após ser questionada pela equipe de reportagem, a direção do hospital informou em nota que o menor recebeu todo atendimento, mas não resistiu.
(Thaise Marques)
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