O advogado do suplente de deputado estadual Ivan Vaqueiro, Solano Donato, autor da ação que pede a cassação do diploma de Solange, informou no início da noite desta quarta-feira, 30, ao Site Roberta Tum, que até o momento, não teve acesso ao conteúdo dos pareceres da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), mas que a manifestação do órgão atende suas expectativas.
“Eu ainda não tive acesso ao conteúdo dos pareceres, mas isso é o obvio, e posso lhe dizer que a manifestação da PRE atende nossas expectativas, pois as provas que estão nos autos provam todas as irregularidades cometidas pela deputada”, informou o advogado que está em Brasília.
Ivan não comenta
Procurado pelo Site RT para comentar a manifestação da PRE e também sobre sua expectativa de ocupar o cargo, Ivan Vaqueiro, informou apenas, que pretende esperar o desfecho final do processo. “Eu pretendo esperar a decisão final da Justiça, não quero comentar o assunto agora, pois é um assunto complexo, vou deixar que meu advogado fale sobre o assunto”, explicou.
Entenda
Na ação que pede a cassação do diploma de Solange, ajuizada por Vaqueiro, a deputada é acusada de não comprovar um depósito em sua conta bancária no valor de R$ 230 mil, o que segundo as acusações, configura caixa dois. A não comprovação do dinheiro na conta da deputada tornou-se objeto de representação do Ministério Público Eleitoral.
Na época, a deputada confirmou a realização do empréstimo feito com o comerciante Fernando Texeira, no valor de R$ 130 mil e disse que o mesmo foi pago como havia sido acordado, com o gado. "Esse contrato foi feito, o empréstimo foi realizado e assim como foi combinado ele foi pago. Agora se o Fernando pegou ou não o gado isso é um problema que diz respeito apenas a nós”, disse a deputada na época.
Questionada, na época, se Texeira teria recebido o gado e se os bezerros estariam em posse do comerciante, a deputada informou, também na época, que os mesmo permanecem em uma fazenda que estava arrendada pela sua família e que os animais sempre estiveram a disposição para serem levados. “Os animais estão em uma fazenda nossa, uma fazenda que é arrendada pela gente, mas eles estão a disposição, eles foram entregues ao Fernando, eles só estão lá porque nunca foram pegar”, informou a deputada.
Histórico do caso
A prestação de contas da deputada Solange Duailibe foi rejeitada pelo TRE em virtude da existência de depósitos que somam R$ 230 mil sem comprovação de origem conforme determina a legislação. O fato gerou duas ações movidas pelo suplente de deputado estadual Ivan Vaqueiro, também do PT: um Rced, e uma Aime. Na época, o Ministério Público Eleitoral iniciou investigação sobre o caso.
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