Advogados de defesa refazem cálculos e negam divulgação de lista

O advogado da Associação de Sub tenentes e Sargentos, no caso das indenizações, Cícero Tenório, afirmou nesta segunda-feira, 4, que as associações dos policiais encontraram erros de cálculos na proposta apresentada pelo governo do Estado. Ele negou a...

Os números exatos dos valores individuais a que cada policial teria direito, conforme levantamento da auditoria contrata pelo Estado para levantamento da dívida já está em poder com as associações, conforme confirmou Tenório. O advogado negou no entanto, que estes dados tenham vazado e já esteja circulando entre os militares para consulta de valores. Um policial ouvido no final de semana pelo Site Roberta Tum, afirmou que a lista já circula do primeiro Batalhão. “Meu cálculo deu mais de R$ 70 mil, mas se eu receber R$ 40 mil tô satisfeito”, disse ele, que preferiu não ser identificado. A expectativa, garante, é de que o pagamento comece logo que o acordo for fechado.

Segundo Tenório, não houve divulgação dos números associação, justamente por existirem erros de cálculo. Ainda segundo Tenório, o governo pretende pagar os PMs em 72 parcelas começando em janeiro de 2010. O Estado estaria disposto a pagar 70% do valor a que os policiais tem direito.

As informações contrariam entrevista dada pelo secretário de Planejamento, José Augusto Pires Paula ao Site Roberta Tum, na semana passada, em que ele garante que o pagamento poderá começar a ser feito este ano, desde que haja acordo e ele seja aprovado pela Assembléia Legislativa até o final de junho.

Entenda o caso

O governo estadual anunciou na semana passada que pretende pagar aos policiais militares as indenizações a que eles tem direito, segundo determinação judicial. Os PMs ganharam direito à indenização, quando, ainda na década de 1990, o então governador Moisés Avelino (PMDB) concedeu um amento salarial aos comandantes da PM.

Como existia uma vinculação salarial, criou-se um efeito cascata e todos os policiais também ganharam direito a aumentos salariais. O Estado não pagou os reajustes, os policiais foram à Justiça contra o governo, ganharam e agora, no segundo mandato do governador Marcelo Miranda (PMDB), o governo está abrindo negociação para possibilitar o pagamento em parcelas dos valores devidos.

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