Agendada para o final da tarde, a assinatura do documento que registra as movimentações do governo para reajustar a máquina administrativa, chegam sem muitas surpresas.
Boa parte das mudanças foram anunciadas pelo próprio governador Siqueira Campos na semana que passou.
A transferência do Turismo, que estava junto com a Indústria e Comércio, para a Cultura, sob o comando de Kátia Rocha, é uma das medidas que repercute bem nos bastidores. Tanto pela proximidade das duas áreas, quanto pelo fato de que quem vinha fazendo um pouco deste papel, especialmente na recepção de autoridades e divulgação do potencial do Estado já era na prática, Kátia Rocha.
A mudança no entanto foi sentida pelo secretario Paulo Massuia, que segundo informações, tentou reverter, mas sem sucesso, a mudança.
Peixoto no Planejamento
Com a notícia de que estaria compondo o staff do governo do Tocantins desde o final de janeiro, circulando na imprensa goiana, Flávio Peixoto despachou há dois dias com o governador.
Ele deve ser confirmado hoje no Planejamento, após deixar o PMDB nas últimas semanas e viver um momento conturbado em sua vida política em Goiás. É um grande quadro, reconhecido até pelos adversários. Tem ampla experiência e currículo consolidado.
A intenção do governo, pelo que circula nos bastidores, é aproveitar o até aqui secretario, Chicão, em outra função.
A mudança na Segurança Pública, que chegou a ser tida como certa em virtude das últimas movimentações palacianas, não acontecerá. Falando comigo ontem à tarde por telefone, o governador, bem humorado dizia que não é contra especulações, mas que manterá Coelho.
A afirmação veio após nossa divulgação de que a troca poderia acontecer. Houveram movimentações para isso, de fato, mas reforçando as qualidades do secretario, o governador decidiu deixar como está.
Os rumores de que haveria a troca e que poderia assumir um secretario de fora da Civil, movimentou os delegados de carreira, que chegaram a emitir uma nota, reivindicando que um dos seus fosse indicado.
Agenda cheia
O fato é que o governo faz sua reforma administrativa após acalmar alguns segmentos. “Estamos em céu de brigadeiro com os servidores”, comemorou Eduardo Siqueira no começo da semana depois de assinar o acordo de pagamento da data-base.
Por outro lado, acelerou a convocação dos concursados, embora ainda esteja longe de chamar todos os aprovados, como se espera.
Com todos os financiamentos que buscou aprovados, o governo do Estado vai chegando à sua hora da verdade.
Não há mais desculpas a serem dadas, nem argumentos sobre as heranças nefastas do passado. Agora, ou vai, ou vai. Não há outra opção para o governo: está na hora de dar resposta às grandes expectativas que criou na eleição de 2010.
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