Alegando falta de estrutura e baixos salários, instrutores de trânsito entram em greve: negociações com CFCs estão suspensas

Instrutores de Centros de Formação de Condutores (CFC) de Palmas estão paralisados desde a semana passada reivindicando melhoria salarial e estrutural nos locais onde são realizados os treinamentos. De acordo com presidente do Sindicato, Eduardo Cost...

Ainda não tem data prevista para a suspensão da greve dos trabalhadores dos Centros de Formação de Condutores (CFC) de Palmas. Desde a última quinta-feira, 14, cerca de 120 instrutores de CFCs iniciaram um movimento reivindicando reajuste salarial, melhores condições de trabalho, vale-transporte e vale-refeição.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Instrutores de Trânsito e Funcionários de Centros de Formação de Condutores, Eduardo Siqueira da Costa, os CFCs do Tocantins são os que pagam os menores salários do Brasil.

Segundo o presidente, cada instrutor recebe um salário mínimo de R$ 622,00 mais R$ 4,50 por produtividade. “O baixo salário faz com que os instrutores trabalhem até 15 horas diárias para melhorar seu rendimento mensal. Esta situação coloca em risco a segurança tanto dos instrutores, quanto dos alunos e demais pessoas”, declarou o presidente.

Sem estrutura

Eduardo reclamou também das péssimas condições de trabalho a que são submetidos os trabalhadores da categoria. De acordo com o presidente, a área de treinamento dos alunos está localizada em quadra residencial, alvo de constantes reclamações dos moradores. Ainda segundo o que foi informado, o local não tem infraestrutura, como abrigo, banheiro e bebedouro.

Citando como exemplo o local de treinamento localizado em Taquaralto, o presidente contou que “lá a única estrutura existente é um barraco de papelão, feito pelos próprios instrutores”, contou.

Denúncias

Ainda conforme o presidente do Sindicato, já foram encaminhadas denúncias ao Detran mas até agora não foram tomadas providências. “Cada aluno que vai tirar Carteira Nacional de Habilitação, na categoria A, paga uma taxa de R$ 100,00 justamente para manutenção do local de treinamento”, argumentou.

Negando irregularidades

O presidente da Associação dos Centros de Formação de Condutores do Tocantins (ACFC-TO), Osmar Alencar Junior, negou que os instrutores estejam trabalhando com excesso de carga horária. De acordo com o presidente, a carga horária de cada instrutor é controlada. “Vez ou outra, quando aumenta a procura por aulas, é que os instrutores fazem horas-extras”, afirmou.

Osmar Junior contestou as informações e informou que o salário dos instrutores de trânsito em Palmas é de R$ 800,00, mais comissão, o que pode chegar até R$ 1.200,00 por mês.

Sem negociação

O presidente da ACFC-TO também informou que as negociações entre as os Centros de Formação de Condutores do Tocantins e os instrutores foram interrompidas porque a categoria não possui sindicato regularizado..(Antonio da Luz)

 

 

 

 

 

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