Aluna alega que suposto desvio de verba na Fundação de Medicina Tropical impediu término de Pós: vice-presidente nega

O curso de Pós- Graduação Gestão da Assistência Farmacêutica, da Fundação de Medicina Tropical do Tocantins, teve início em 2008, mas ainda não foi finalizado. A informação foi passada pela farmacêutica e ex-aluna, Maristela Andrade de Sousa, que...

A farmacêutica Maristela Andrade de Sousa informou ao Site Roberta Tum na manhã desta segunda-feira,5, que a Fundação de Medicina Tropical do Tocantins, localizada em Araguaína, teria desviado dinheiro do Ministério da Saúde e que por essa razão o curso de Pós- Graduação Gestão da Assistência Farmacêutica ,iniciado em 2008, ainda não foi finalizado.

Segundo informações da farmacêutica, o valor repassado a Fundação deveria ser revestido aos 10 alunos contemplados com bolsas de estudos. “Fui uma das alunas contempladas com essa bolsa. De acordo com o que foi repassado pelo Ministério da Saúde deveria ser revestido R$ 8 mil reais para cada aluno para custear as despesas com o curso”, informou.

Maristela destacou também que quatro anos se passaram e nenhuma solução foi tomada para resolver o impasse. “Já fiz até denúncia ao Ministério Público, em nome da turma, mas o processo ainda está em trâmite. Dos dez módulos só fizemos sete. Alguns professores da instituição afirmaram que o dinheiro foi desviado e que por essa razão não tem como finalizar o curso”, explicou.

O outro lado

O Site Roberta Tum entrou em contato com a Fundação Tropical do Tocantins e a  diretora Denise Mota afirmou que em 2010, por determinação do governo, todos os cursos teriam sido interrompidos. “Quando assumi, essa Pós já estava interrompida. Diante disso, fiz o pedido de uma nova prorrogação do curso a Secretaria da Saúde e estamos no aguardo, isso porque o curso deveria ter sido feito em 18 meses”, explicou a diretora.

Com relação ao dinheiro que deveria ser destinado ao custeio da bolsa de estudos dos alunos, a diretora afirmou que desconhece a informação de desvio de verba. “Desconheço que tenha havido desvio de dinheiro e não sei nada a respeito”, ressaltou.

Dinheiro está em caixa

Após veiculação da matéria, o vice-presidente da Instituição,Odelino Oliveira Fonseca, explicou o porque a Pós foi paralisada. "O presidente fez um pedido a Controladoria Geral para que fizesse uma inspeção em todo o processo para verificar a legalidade do curso.Já tivemos o parecer da CGE para retomar o curso. Estamos só formalizando o processo para retomar a Pós no mês que vem”, informou.

Sobre o suposto desvio de verbas,apontado pela aluna, o vice-presidente destacou que o dinheiro está em caixa e que não houve desvio. "Essa denúncia de desvio de dinheiro não procede. Nunca mechemos em nada. Podemos provar", completou.

Pedido de prorrogação

Em contato com a Secretaria de Saúde, a equipe do Site RT foi informada que só quem poderia se pronunciar sobre o pedido de prorrogação da Pós que teria sido feito pela diretora Denise Mota é a assessoria da Fundação. Contudo, na instituição fomos informados que a assessora estava em viagem.

MPE confirma protocolo de denúncia

O Ministério Público confirmou que foi feita denúncia sobre a situação dos alunos em janeiro do ano passado, mas, segundo a assessoria, não é possível dar mais informações sobre o caso, porque o promotor responsável, Adriano Neves, está de férias.

Confira a nota encaminhada pela Fundação:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Com relação a denuncia feita neste sitio quanto ao falta de pagamento de auxílio estudante, no curso de Gestão de Assistência Farmacêutica, esclarecemos que a Controladoria Geral do Estado, em inspeção realizada no 1ºSemestre de 2011 recomendou o encaminhamento do processo referente ao referido convênio para a Procuradoria Geral do Estado, tendo esta, após análise, no final do ano passado, orientado pelo pagamento dos auxílios à partir da pactuação de Termo de Aditamento que previa a referida despesa, ou seja, Dezembro de 2010.

Quanto ao pagamento dos débitos anteriores, referente ao início do contrato, àquela Procuradoria Geral do Estado solicitou juntada de documentos para re-análise.

Quanto ao suposto desvio de verba, a denuncia não procede, posto que o saldo para execução do convênio está, integralmente, disponível na conta desta Instituição. Conforme pode ser comprovado pela prestação de contas encaminhada para a Controladoria Geral do Estado.

No que tange ao retorno das aulas, as mesmas estão previstas para este semestre. (Atualizada às 11h18)

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