O prefeito Carlos Amastha(PP) selou dois acordos importantes no processo sucessório na Câmara de Palmas, pacificando sua base na Câmara Municipal em torno do nome do peemedebista Rogério de Freitas, que passará, a partir de janeiro do ano que vem à posição de presidente da Câmara e vice-prefeito de Palmas.
A reunião, ocorrida no gabinete do prefeito referendou o nome de Rogério, tirando de cena o vereador José do Lago Folha Filho(PTN) e Marilon Barbosa(PSB), os outros dois postulantes ao cargo.
Folha compôs na vice e Marilon não ocupará espaço na Mesa Diretora, mas presidirá uma comissão de peso na Casa.
Nos bastidores o que se escuta é que os acordos políticos que permitiram isto foram: o primeiro com Ataídes Oliveira, para quem o prefeito liberou o apoio do PC do B para governador em troca dos dois votos do Prós.
Folha já tinha tentado, no começo da semana condicionar seu apoio pessoal e do PTN da capital a Ataídes em troca dos mesmos votos. O PC do B pesou mais.
Apoio do PMDB de Coimbra a Andrino
O segundo ponto, este incendiário, foi o acordo com o PMDB da Casa, que tem dois vereadores ligados à Coimbra para Tiago Andrino, pré-candidato a deputado federal. O próprio Rogério e Émerson Coimbra.
O próprio deputado federal e presidente destituído do PMDB, Júnior Coimbra teria empenhado seu apoio ao candidato de Amastha, o que pode ser lido de duas formas: ou não é candidato a federal, ou não cumprirá o acordo.
Um vereador do grupo de Folha - que teria sido claramente preterido por Amastha - disse ao Portal T1 que não acredita na palavra empenhada por Coimbra a Amastha e que Folha foi traído por Andrino e Adir, que haviam se comprometido com ele a apoiar sua candidatura.
Por fora de toda confusão, quem de fato teria “avalizado” Rogerinho junto à Amastha teria sido o presidente Major Negreiros(PP), que acabou funcionando como fiel da balança.
Oposição ficou de fora
Dos vereadores de oposição ao prefeito, Júnior Geo foi no pacote de Ataídes, Joaquim Maia, do PV, ficou no meio do caminho e acabou não compondo com ninguém, e Iratã Abreu, cujo apoio foi buscado por Folha e Marilon, já havia optado por não apoiar Rogério, graças à disputa interna do grupo de Coimbra com o de Miranda e de sua mãe, senadora Kátia Abreu.
Em resposta ao acordão conduzido pelo prefeito, a oposição promete registrar candidatura de protesto para marcar posição. Mesmo sabendo do resultado. De 19 votos, a chapa da base tem 17.
As consequências deste acordo se farão sentir ainda durante o processo eleitoral deste ano.
Diferente do prefeito que entrou seu mandato pedindo votos para Negreiros como presente de aniversário, naquele final de 2012 e acabou assistindo ao esfacelamento da base entre Juscelino e Negreiros, com o segundo vencendo graças ao apoio da oposição, Amastha demonstra ter dominado o jogo na Câmara de Palmas.
O fato é que a sucessão da Câmara foi um excelente termômetro sobre como agirá o prefeito na sucessão ao governo que se aproxima.
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