As especulações em torno de um possível apoio do prefeito de Palmas, Carlos Amastha ao candidato do governo do Estado - seja ele Eduardo Siqueira ou outro nome a ser retirado da cartola diante do desgaste pelo qual passa o governo pós escândalo Igeprev – se mostraram longe da realidade, diante das declarações do próprio em entrevista ao Portal T1 Notícias no final da tarde de ontem.
Não sem razão, Amastha recuou do ímpeto inicial em estar à frente do processo de discussão de candidaturas. “Se não for um projeto que me apaixone, pra que eu vou ficar envolvido nisto Roberta?”, desabafou ontem em meio à entrevista. “Você já viu a paz que eu ando estes dias? Me esqueceram e foram brigar lá entre eles. Eu acho ótimo. Tenho muito trabalho a fazer nesta cidade. Muito buraco para tampar”.
É um prefeito no segundo momento, pós euforia do início de mandato, ciente das responsabilidades que tem com a cidade. Inclusive as institucionais de manter um bom relacionamento com os politicamente adversários. Perguntado se isso é sinal de apoio, passou longe: “Não, não. Eu vou bem mais devagar do que isto aí que estão dizendo”.
A verdade é que Amastha vive dias mais harmoniosos. Com a base e até com a oposição. Vai chegando ao final do ano com a maioria das obras inacabadas que Raul Filho deixou, entregues à população.
Aperfeiçoou o que encontrou em andamento, como o projeto NS-01, que era apenas uma ponte ( caríssima por sinal por ser uma ponte sem água por baixo). Fez da avenida seu cartão postal com iluminação e jardinagem.
É certo que de vez em quando ainda tem seus arroubos no Twitter. “Depende de como ele está naquele dia”, confidenciou um amigo do prefeito.
Semana passada atacou Marcelo Lélis e a esposa, Cláudia Lélis, do nada, pós lançamento da festa do Reveillon. Esta semana o deputado do PV respondeu com um elogio diante da inauguração da avenida: “passei por lá e gostei muito do que vi”, parabenizou Lélis. Os dias são outros desde a campanha acirrada que disputaram.
O fato é que o prefeito vive dias amenos e não quer complicar. Vai fechando o primeiro ano de mandato com a casa arrumada e a se confirmar tudo que a Seisp planeja entregar/inaugurar, no dia 31 de dezembro o palmense poderá olhar para trás e ver um grande ano. De evolução na gestão pública.
Diante deste cenário é de se compreender que Amastha fortaleça os laços com o PP Nacional, priorize o projeto do partido, mas baixe as armas para evitar sair batendo nos adversários locais de sempre por aí.
“O que eu quero do próximo governador? Que seja parceiro de Palmas. Só isto”, finalizou. Fácil de compreender.
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