O vereador Cavalcante (PP) usou a tribuna nesta terça-feira, 20, na Câmara Municipal, para expor seu descontentamento diante das ameaças que estaria recebendo via emails. Cavalcante falou que tem sido “achincalhado” por sua pequena votação. “Eu obtive 1.470 votos, sem ter cargos públicos, sem usar a máquina, como se diz no futebol eu fui eleito na lanterna. Fui oposição ao governo estadual e ao município na última campanha”, argumentou.
Cavalcante relatou que vem recebendo “ameaças mirabolantes”, segundo ele,pelas defesas que tem assumido na Casa. No teor dos emails constam ameaças de devassa na sua vida no Acre, em Rio Branco, e que iriam "vender matérias" para a emissora de televisão.
O clima esquentou quando Cavalcante disparou: “pois vendam pro diabo”. Ele citou sua luta estudantil no Acre, reafirmando não ter medo das ameaças e que não vai parar de lutar em favor da saúde no município. “Essa questão de medo eu não sei o que é”. Ele ainda citou ter sido vítima de retaliação, citando o vereador recém empossado Gustavo Jaime. “Quando o Dr. Gustavo era Secretário de Saúde transferiu minha mulher lá pra Taquaruçu, para ficar lá à toa, pois lá tinha uma cadeira de dentista que já estava ocupada”.
Valdemar apóia
Em apoio a Cavalcante o vereador Valdemar Júnior (DEM) usou a palavra: “ninguém bate em árvore que não dá fruto, ninguém chuta cachorro morto”, salientando que o trabalho de Cavalcante na Câmara é produtivo e incomoda a quem é contra sua posição, orientando-o a tomar providências,já que a Lei ampara para tal situação.
Wanderlei na defensiva
“Esse não deve ser o discurso. Aqui a maneira de discutir é na fala e não na bala”, com essas palavras em um tom de voz alto e nítidamente descontente Wanderlei Barbosa (PSB) usou a tribuna para rebater o discurso de Cavalcante. “Não vou deixar que ninguém manche minha imagem, toda vez que for preciso eu irei me defender e expor os fatos”.
Wanderlei se defendeu da fala de Cavalcante por ter sido citado como alguém que votou contra as dezoito emendas propostas por Cavalcante no Projeto de Lei do PCCR dos servidores da saúde. “Eu não vou ridicularizar essa Casa votando numa emenda inconstitucional. Aqui não tem inimigos, até então não tinha tido, pode ser que daqui pra frente tenha. Eu como presidente da CCJ não podia votar a favor de uma emenda institucional”.
Néris também se defende
“Eu não tenho uma arma, eu nunca dei um tiro, mas também não tenho medo de homem”. Dessa forma Milton Néris (PT) começou seu discurso , qualificando a postura de Cavalcante como uma incitação à violência.Néris foi mais longe: “Eu nunca levantei minha camisa no buteco para mostrar buraco de bala ou buraco de faca, eu não ameaço homem, porque homem não é bicho para ser ameaçado”. Completando sua postura defensiva diante dos fatos Néris que não utiliza dos meios eletrônicos para se comunicar, e disse: “Eu gosto é de conversar olho no olho”
No final, Cavalcante usou a palavra para dizer que não fez acusações direcionadas a ninguém e que não entendeu o motivo das defesas.“Eu só vim deixar registrado nessa Casa o fato”, disse.
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