Ao lado de Stephanes, Kátia lança projeto para buscar parâmetros científicos de preservação

Na presença do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a senadora Kátia Abreu (DEM), presidente da CNA lançou na tarde desta quarta-feira, 24, o projeto Biomas, em Brasília.Entre os objetivos do projeto, que envolverá 240 pesquisadores num prime...

Num discurso crítico aos que incitam o conflito entre produtores rurais e ambientalistas, o ministro Reinhold Stephanes falou aos convidados da CNA em Brasília na tarde desta quarta-feira, 24, durante lançamento do projeto Biomas, uma parceria da Embrapa com a CNA – Confederação Nacional dos Agricultores. A iniciativa da instituição que representa o setor produtivo rural foi elogiada pelo ministro.

Stephanes falou das dificuldades que enfrenta dentro do próprio governo para fazer com que seu ministério seja incluído na discussão ambiental. “O maior interessado neste assunto, é o produtor rural, até pelas características das atividades que desenvolve”, defendeu.

Pela manhã, em entrevista coletiva a veículos de todo o país, a senadora criticou a falta de parâmetros científicos na legislação que norteia o setor atualmente. “Diante desta crise de entendimento, entre o setor produtivo de alimentos e os ambientalistas, resolvemos escolher um árbitro”, explicou Kátia.

Parceria com a Embrapa

Na seriedade da Embrapa em ir à campo em conjunto com universidades e entidades para pesquisar as características de cada bioma brasileiro, apontando suas necessidades e fragilidades, a CNA está investindo perto de R$ 20 milhões. Estes recursos serão investidos em cinco etapas nos próximos anos, basicamente para custear a movimentação dos pesquisadores.

“A legislação hoje permite que os estados e municípios legislem dentro das suas especificidades. Santa Catarina fez, e isso causou polêmica, mas fez dentro do que assegura a Constituição”, lembrou ela. O projeto Biomas vai criar seis “vitrines tecnológicas” em seis regiões brasileiras: mata atlântica, cerrado, pantanal, pampas, caatinga, região amazônica.

Nestas unidades de pesquisa que serão implantadas, a Embrapa fará o estudo de cada bioma em suas características, propondo soluções de manejo que juntem produção e preservação. “Depois que este levantamento for feito, ele vai apontar as áreas que precisam ser recompostas. Onde o produtor exorbitou, nós vamos corrigir. Mas será a ciência quem vai dizer isso, e não as ONG’s.

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