A presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed), Janice Painkow, confirmou na manhã desta segunda-feira, 12, ao Site Roberta Tum que o Sindicato entrou na Justiça pedindo o cancelamento do contrato entre o governo e a Pró-saúde, empresa que administra hospitais públicos do Estado. A Ação Civil Pública foi movida há cerca de 30 dias.
Segundo a presidente, o contrato deve ser cancelado por que a lei estadual que rege o contrato é inconstitucional, pois a lei federal diz que na saúde o que pode ser terceirizado são apenas setores e não todo o atendimento como foi feito no Tocantins. “Sabemos que a saúde do Estado está muito ruim e que um dos motivos é a terceirização por que a empresa não está atendendo aos requisitos necessários”, afirmou.
Sobre a Ação, a presidente informou que o assunto “está sendo abordado pelo Sindicato com muita tristeza, pois esse foi o único mecanismo encontrado para garantir a sociedade e aos profissionais de saúde, um atendimento digno”.
Confiante
A presidente informou também que está confiante e sua expectativa com boa em relação a ação movida. “Quando movemos uma ação na Justiça nossa expectativa é sempre boa e apesar de não termos ainda nenhuma decisão sobre o caso, estamos confiantes, pois essa foi a única forma que achamos para tenta resolver o problema”, afirmou
Questionada sobre a posição do governo em relação a saúde no Estado, Janice informou o que espera da nova gestão. “Esse é o quarto secretário que assume a pasta e esperamos que ele tenha sensibilidade em relação a tudo o que está acontecendo”, afirmou.
Falta medicamentos
Janice confirmou ainda a informação obtida pelo Site Roberta Tum na última sexta-feira, 9, sobre a falta de medicamentos na UTI do HGPP e disse que as reclamações de médicos sobre a más condições de trabalho acontecem todos os dias. “Falta equipamentos, medicamentos e muitas outras coisas, inclusive na sala vermelha que devia funcionar como uma mini UTI”, declarou.
Governo responde
Em nota a imprensa, Governo do Estado informou que está sempre “à disposição para atender toda a decisão das instituições democráticas constituídas” e reforçou a condição de respeitar o posicionamento de qualquer segmento da sociedade.
Ainda em nota, o governo informou que assim que tomar ciência da decisão, vai adotar as medidas cabíveis sempre em respeito à lei.
O Site RT também solicitou um posicionamento da Pró-saúde sobre a Ação movida pelo Sindicato e sobre o isolamento da UTI que teria atendimento normalizado nessa segunda e permanece aguardando retorno.
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