A vice-prefeita de Barrolândia, Leila Rocha (DEM) já está a frente da administração e, segundo o que informou ao Site Roberta Tum, tem trabalhado para conhecer a real situação do município. “Desde que assumi nós estamos trabalhando intensivamente para levantar dados com respeito ao patrimônio e ao pessoal, mas estamos tendo muita dificuldade porque o prefeito e o secretário de administração não me entregaram nada”, contou a prefeita em exercício.
Leila que assumiu a prefeitura no dia 1º após o prefeito Cleidiomar José Ribeiro ter sido afastado, destaca que mesmo sem ter os dados em mãos é perceptível a precariedade do município. “Nós recebemos um patrimônio muito dilapidado. A prefeitura só tem dois tratores, uma caçamba totalmente deteriorada, só possui um veículo que foi comprado pela assistência social e continuamos com 60% do município sem asfalto”, ressaltou.
Ainda conforme a prefeita em exercício, após fazer um “reconhecimento” ela vai propor ações emergenciais. A vice-prefeita Leila assumiu o cargo, como medida cautelar até que a justiça apure todas as investigações que envolvem o nome do prefeito.
Entenda
O prefeito de Barrolândia foi afastado por indícios de irregularidades na administração municipal. Conforme apurado pela Procuradoria Geral de Justiça, o gestor teria usado dinheiro do município para custear o abastecimento de veículos particulares em dois postos de combustíveis da cidade.
Os valores gastos com combustível para abastecer veículos da prefeitura, do prefeito e de seus filhos chegam a R$ 1.060.000,00 (um milhão e sessenta mil reais).O gestor tentou justificar a prática, explicando que usou o dinheiro público para abastecer automóveis particulares porque a frota da prefeitura era insuficiente para suprir a demanda, de modo que foi preciso utilizar outros veículos em prol da população.
Além da irregularidade no abastecimento, também constam provas de que a lavagem dos veículos do prefeito e dos seus filhos foi custeada pelo erário municipal. Os valores totalizam quase R$ 20 mil reais.
Além das práticas citadas na denúncia, também estão sendo investigadas irregularidades na locação de veículos para prestação de serviços pela prefeitura; aluguel de veículo de passeio sem licitação; fracionamento de despesas com material de expediente; realização de despesas sem licitação com referência aos empenhos; liberação de diárias sem autorização do Poder Executivo;ausência de recolhimento de contribuições previdenciárias do Fundeb em 40%, uso de recursos do Fundeb (60%) para pagamento de servidores em desvio de função, dentre outras. (Com informações do MPE)
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