Após debate, votação de projetos que tratam da estrutura da PM é adiada: Aragão diz que oposição vai tentar rejeição em Plenário

Após ter emendas rejeitadas nas comissões, a oposição esvaziou o Plenário na noite desta quinta, 12, para que os projetos que tratam da estrutura da PM não fossem votados. O presidente e deputado Raimundo Moreira (PSDB) marcou sessão extra para segu...

Mesmo após intenso debate ocorrido ontem na Assembleia Legislativa, os Projetos de Lei de autoria do Governo do Estado, 21, 22, 23, 26 e o Projeto de Lei Complementar - PLC 2, que dispõem sobre o regime jurídico, organização e as promoções da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros não foram votados.

Depois que as comissões rejeitaram o parecer de vistas do deputado Sargento Aragão (PPS) que propunha uma emenda substitutiva ao Projeto de Lei 21 que trata de alterações na estrutura e aprovaram o parecer do relator, deputado Osires Damaso (DEM), os deputados de oposição esvaziaram o parlamento para que não houvesse quórum para votação.

“Esvaziamos para que tenhamos mais prazo para tentar reverte a situação. Não é possível que depois de mais de 100 horas de estudo nosso parecer seja simplesmente rejeitado. Diante dessa situação o meu sentimento, bem como o da classe é de tristeza. Mas nem tudo está perdido vamos tentar mudar isso no plenário”, afirmou o deputado na manhã desta sexta, 13.

Já o relator dos projetos, deputado Damaso afirmou que “a oposição está pedindo mais do que o governo pode dar”. “Eles estão pedindo muito e o parecer que foi aprovado é melhor que a lei já existente, há previsão de muitos benefícios”, destacou. Uma das vantagens, segundo parecer de Damaso, é que com a nova legislação o policial poderá ser aposentado por invalidez, com direito a promoção.

O presidente da Assembleia Legislativa, Raimundo Moreira (PSDB), convocou sessão extraordinária para votar os projetos na segunda-feira, às 15 horas.

Debate

Em sessão que ocorreu ontem a noite, a maioria governista aprovou o relatório e os deputados de oposição votaram contrário à matéria e destacaram pesar em não terem sido ouvidos nos pontos que propuseram. A deputada Luana Ribeiro (PR) e o deputado Eli Borges (PMDB), votaram contrários, mas com ressalvas.

Ao fim dos debates e votação, o presidente da Casa, deputado Raimundo Moreira (PSDB), destacou que presenciou “um dos debates mais valorosos da história deste parlamento tendo na pessoa do Sargento Aragão um dos mais dedicados defensores”. O deputado destacou ainda a participação do deputado Damaso enquanto relator e dos demais deputados.

Legalidade

Também na sessão de ontem o deputado Aragão apresentou documento que questiona a constitucionalidade da designação de Damaso como relator dos Projetos de Lei . Segundo consta no documento apresentado, com fundamento no Regimento Interno da Casa, a relatoria do deputado Osires “é irregular e antirregimental”, tendo em vista que o parlamentar é membro da Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle e não da Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transportes e Desenvolvimento Urbano e Serviço Público. Segundo Aragão, consta no Regimento que teria que ser um membro desta comissão o relator de matérias como as apreciadas que tratam do quadro de servidores públicos do Estado.

Os deputados receberam o documento e após debate a maioria governista não acatou a solicitação do deputado Sargento Aragão, que ressaltou a intenção de recorrer à justiça.

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