Durante a sessão da Assembleia Legislativa da manhã desta terça-feira, 10, os deputados repercutiram a matéria veiculada na revista Época na semana passada que apresenta denúncia de um suposto envolvimento do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) e do secretário das Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Na sessão, o deputado Eli Borges (PMDB) questionou a aprovação de duas Medidas Provisórias, de autoria do Governo do Estado, que permitem a terceirização de serviços de registro e inspeção ambiental de veículos, serviços que hoje são realizados pelo Detran e que são mencionados nas gravações divulgadas pela revista Época. “Eu sempre disse que essas terceirizações me cheiravam a esquema, a corrupção”, afirmou o deputado.
Já o deputado Jorge Frederico (PSD) explicou que não houve uma terceirização de fato, apesar de as matérias terem sido aprovadas na Casa. Segundo Frederico, o deputado Eli estaria sendo equivocado ao “insinuar que o Detran já teria atividades terceirizadas”.
O deputado Eli Borges rebateu lembrando que as MPs foram aprovadas com anuência dos deputados. “Esta Casa de Leis aprovou, sem o meu voto, as MPs. A terceirização não aconteceu, mas essa Casa respaldou as leis, o que é uma afronta”, informou Eli Borges ao destacar que “se as Medidas não forem implantadas, vai ser por causa da denúncia do esquema”.
O líder do governo na Casa, deputado Osires Damaso (DEM) lembrou que as Medidas foram aprovadas dando liberdade para o governo implanta-las ou não. “Elas não foram implantadas”, destacou o deputado ao lembrar que Marcelo Miranda foi citado nas conversas. “Quem vai ser procurador, na gravação é o seu, líder maior”, finalizou o deputado ao se dirigir ao deputado Eli Borges.
Contra a aprovação
Na ocasião, o deputado Sargento Aragão (PPS) lembrou que os deputados do PPS também foram contra a aprovação das Medidas e ressaltou que os relatórios de vista, rejeitados nas comissões, foram encaminhados para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas. (Atualizada as 21h 26min)
Comentários (0)