Após o promotor de Justiça, Luiz Francisco de Oliveira, solicitar à Justiça o afastamento de quatro vereadores e uma servidora da Câmara de Dianópolis, nessa sexta, 25, pelo período de quatro meses por concessão e uso indevido de diárias, o vereador Hagahús Netto (PSD), que após fazer a denúncia, também foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), elogiou a atuação do Ministério Público. “Agora não resta dúvida de que o promotor de Justiça, Dr. Luís Francisco, está agindo com total imparcialidade”, destacou o vereador.
A denúncia, que foi feita no ano passado ao Ministério Público pelo então vereador Hagahús Neto, deflagrou no fechamento da Câmara para apreensão de balancetes e atas de sessão no dia 29 de fevereiro deste ano e desde então o delegado da Polícia Civil Guilherme Rocha Martins e o promotor de Justiça Luiz Francisco realizaram as investigações.
De acordo com Hagahús, o trabalho do judiciário demonstrou competência. “Foi um trabalho que demonstra muita competência por parte do Poder Judiciário da nossa cidade. Confesso ter sentido um desconforto ao receber a notícia de que todos os vereadores foram denunciados”, destacou ao informar que sua afirmação é pelo fato de não fazer parte do suposto “esquema fraudulento”.
“Vale ressaltar que a denúncia não é contra o pagamento de diárias, pois eu também recebi, mas pela forma como os vereadores receberam, eu fico feliz por que agora, com o pedido de afastamento dos quatro vereadores feito pelo MPE, eu tenho a oportunidade de provar que recebi uma única diária e que foi comprovado a legalidade, pois a impressão que as pessoas estavam tendo a meu respeito é que eu denunciei um esquema que eu também fazia parte”, finalizou Hagahús.
Audiência em 60 dias
O vereador, que também foi denunciado pelo crime de peculato-apropriação, informou que não tem o que temer. “Não tenho o que temer, pois eu tenho fotos, jornal, cópia da ata e declaração de presença, com firma reconhecida, comprovando que, a única diária que consta em meu nome, foi utilizada da maneira correta. Portanto, vamos aguardar a Audiência de Instrução e Julgamento, que por sinal será pública”, ressaltou.
Conforme informou o vereador, a audiência está prevista para 60 dias contados a partir de 25 de maio, conforme está previsto no art. 400 do Código do Processo Penal. “Neste dia, provarei para todos os tocantinenses, principalmente dianopolinos, que o meu trabalho é feito com muita seriedade, sobretudo baseado na ética e na honestidade”, finalizou Hagahús.
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