A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na tarde desta quarta-feira, 4, por unanimidade, o pedido de cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido- GO). O relatório de senador Pedro Taques (PDT-MT), foi pela legalidade do pedido de cassação do mandato do senador e a votação na CCJ foi realizada de forma aberta e nominal.
Votação em plenário
A partir de agora, o pedido de cassação será encaminhado para conhecimento da Mesa da Casa e a cassação do mandato de Demóstenes deve ser votada no plenário do Senado na próxima quarta-feira,11.
No plenário, segundo as informações, a votação do pedido de cassação do senador deve ser realizada de forma secreta. Para que a cassação de Demóstenes seja aprovada em plenário, são necessários os votos favoráveis de 41 dos 81 senadores.
O presidente do Conselho de Ética, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), afirmou que não tem nenhuma "alegria" com esse processo, mas possui a "tranquilidade" de saber que conduziu o processo com "espírito de justiça".
Acusação
O senador Demóstenes Torres é acusado de ter utilizado o mandato parlamentar para beneficiar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Cachoeira foi preso em fevereiro deste ano, pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo.
Demóstenes, que nega as acusações, afirma que era amigo do contraventor, mas disse não ter negócios e que nem auxiliou as ações de Carlinhos Cachoeira. O senador não compareceu à sessão da CCJ, e foi representado pelo seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro.
Uso da palavra
Embora não tivesse o direito de usar a palavra, a manifestação do advogado foi permitida pelo presidente da CCJ, senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE).
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